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Fundação Iberê promove live com Xadalu

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Fundação Iberê promove live com Xadalu
Nesta sexta (8/5), a Fundação Iberê promove uma live com o cacique-geral Mburuvixá Tenondé Cirilo sobre cosmovisão, tempo e natureza, temas recorrentes em tempos de isolamento social. O bate-papo será conduzido pelo artista visual Xadalu Tupã Jekupé, a partir das 16h, pelo Instagram do centro cultural. Em 2019, Xadalu participou da residência artística da Fundação, onde produziu três obras da série Cosmovisão, inspirado na mitologia em Guarani Mbya em Yvy´i, Nhemongarai e Opy´i. Com orientação de Eduardo Haesbaert, o trabalho é resultado de sua imersão em aldeias localizadas entre os perímetros territoriais do Brasil e da Argentina. Xadalu nasceu Dione Martins e ficou conhecido há 14 anos com a imagem de um indiozinho colado pelas ruas da cidade, trazendo luz ao tema da destruição da cultura indígena, abordando essa e outras causas sociais e ambientais. Mburuvixá Cirilo é protagonista de uma legítima cosmopolítica transnacional em sua busca pelo “Belo Caminho da Tradição”. O antropólogo José Otávio Catafesto de Souza, coordenador do Laboratório de Arqueologia e Etnologia – LAE/RFRGS, que desenvolve projetos de pesquisa sobre Territorialidade Mbyá-Guarani, Etnoarqueologia Ameríndia e Quilombola e Avaliação dos Impactos de Projetos de Desenvolvimento sobre coletivos rurais, descreve a trajetória do cacique: “Mburuvixá Cirilo começou criança nos confins das florestas de Misiones (Para Miri), tornando-se jovem liderança em comunidades na Argentina junto à dor pela morte prematura de seu filho primogênito, quando foi se esconder no fundo da floresta para se concentrar ‘espiritualmente’, conversar com o Deus, ao ponto dele receber um canto mágico para lhe tranquilizar o coração e lhe tornar um Xondaru Marangatu (guardião da Tradição). Por indicação de Nhanderú, depois veio com a família na direção de Para Guaçu , litoral do Brasil e tornou-se Mburuvixá Tenondé, liderança política originária que representa o respeito ao Tekó Porã (Belo Viver), preservando a alegria e o respeito à tradição dos mais velhos, velhas e das lideranças espirituais (Karai Kuery e Kunhã-Karai Kuery), verdadeiro articulador étnico, agente intercultural e mediador capaz de ‘sensibilizar o coração dos brancos’ (mexer em nossos perceptos) e adaptar as políticas indigenistas desde “costuras” interinstitucionais que se efetivam em ações políticas concretas afinadas ao holismo do Mbyá-Rekó. E ainda mantendo a índole aguerrida dos primeiros Guarani, no sentido literal do termo, participando de processos de autodemarcação da Terra Indígena do Campo Molhado em 1994 e na recente retomada da aldeia Tekoa Ka’a Guy Porã nas matas dentro da área da extinta FEPAGRO em Maquiné/ RS”. Sexta 16h

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