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“O tempo das coisas” na Semana de Porto Alegre

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“O tempo das coisas” na Semana de Porto Alegre
A Coordenação de Artes Plásticas da Secretaria de Cultura de Porto Alegre apresenta a estreia de “O tempo das coisas”, projeto curatorial que inicialmente se desdobrará em duas exposições interligadas. A primeira mostra, com abertura no dia 19 de março, às 18h30min, faz parte da programação da Semana de Porto Alegre. Subintitulada “Módulo 1”, a exposição inaugural do projeto apresenta trabalhos dos artistas Bruno Borne, Túlio Pinto, do russo Fyodor Pavlov- Andreevich e o duo Ío (formado por Laura Cattani e Munir Klamt). A concepção e a curadoria são do crítico de arte, jornalista e pesquisador Francisco Dalcol. Esta primeira exposição de “O tempo das coisas” tem lugar no Porão do Paço Municipal de Porto Alegre. O espaço expositivo, sob gestão da Pinacoteca Aldo Locatelli, localiza-se no andar inferior da prefeitura da cidade, no prédio histórico construído entre 1898 e 1901 para hospedar a então Intendência Municipal. Além de uma seleção de vídeos, a exposição traz a público 2 trabalhos desenvolvidos em resposta ao lugar de exposição: o característico espaço arquitetônico do Porão do Paço, onde antigamente funcionou uma cadeia policial com celas nas quais eram confinados os prisioneiros. BRUNO BORNE participa com uma videoinstalação site-specific localizada nos chamados Arcos do Porão. Integrando a pesquisa do artista em torno do espaço arquitetônico e da linguagem da animação digital, o trabalho faz convergir imagens de arquiteturas distintas, que se hibridizam em movimento, de modo a gerar uma nova e reinventada arquitetura que, por sua vez, também recria tanto os próprios espaços que originam o trabalho como aqueles onde é apresentado. O duo ÍO apresenta uma instalação que, como os vendavais ou as enchentes, evoca certo fascínio da destruição sem propósito, orientada pelos princípios de reação em cadeia – ou ainda jogos infantis, que têm como único objetivo a queda e a bagunça. “Falange” constitui-se como uma queda de dominós, sendo que barras de concreto, chocolate escorrido, vidro estilhaçado e pedras são os vestígios remanescentes desse processo. Os acontecimentos, os encaixes entre as partes e o encadeamento – assim como o exíguo tempo de duração – desse dispositivo de desabamento passam a existir na imaginação do espectador, uma vez que a instalação conserva os materiais remanescentes do processo de desenvolvimento do trabalho no próprio espaço expositivo. Além dessas 2 instalações produzidas especialmente para a exposição, uma valendo-se da linguagem do vídeo e outra privilegiando o pensamento processual, “O tempo das coisas – módulo 1” também se hospeda nos demais espaços do Porão, com trabalhos em vídeo de outros dois artistas. FYODOR PAVLOV-ANDREEVICH participa com a exibição de um programa de cinco microfilmes que oferecem registros de suas performances e ações, algumas realizadas no Brasil. Em comum, os vídeos enfatizam os aspectos de duração e resistência física e psicológica nos modos como o artista russo explora os limites do corpo enquanto suporte expressivo em suas práticas artísticas, explicitando também questões sociais que o mobilizam, tais como as condições de escravidão que identifica na sociedade contemporânea. “Temporary Monument # 7: O Pairado (São Paulo)” […]

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