Um encontro com a Morte

Nesta quinta-feira, dia 3 de maio, vou receber o cineasta e professor Carlos Gerbase no projeto Meu Filme Favorito. Gerbase escolheu falar sobre uma das obras-primas do cineasta sueco Ingmar Bergman: O Sétimo Selo (1956). A atividade inclui a exibição do filme, seguida de bate-papo mediado por mim com o convidado. A sessão começa às 19h, no Instituto Ling. Concebido e dirigido por Bergman a partir de uma criação dramatúrgica de sua autoria, O Sétimo Selo procura resgatar na era medieval – particularmente no universo do século 13, avassalado pela Peste Negra – um paralelo com o mundo moderno. Na trama filmada em preto e branco, Bergman expressa a angústia do mundo, comum a esses dois períodos históricos. No enredo, o protagonista Antonius Block – interpretado magistralmente por Max Von Sydow – tem um encontro com a Morte assim que volta das Cruzadas, e vê sua terra natal completamente arrasada pela peste. Seu momento também parece ter chegado, mas o cavaleiro rejeita o fim da existência antes de realmente compreender o significado da vida. Determinado, ele convida a Morte para ser sua parceira em um jogo de xadrez, com o objetivo também de driblá-la. A metáfora do homem enquanto agente destruidor do mundo em que vive encontra sua inspiração no Apocalipse do apóstolo João. O nome do filme remete a um dos selos que são abertos pelo apóstolo no capítulo sete do livro bíblico. Carlos Gerbase começou sua carreira em 1978, como cineasta na bitola Super-8. Foi um dos fundadores da Casa de Cinema de Porto Alegre, em 1979, onde realizou longas, curtas e programas de TV. Foi roteirista da Rede Globo. Em 2010 criou a Prana Filmes, onde já realizou dois longas. É escritor, com quatro trabalhos de ficção, três publicações na área do cinema e uma obra didática destinada ao ensino médio. Foi baterista e vocalista da banda de rock Os Replicantes. Quinta