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Cinemateca Capitólio realiza ação de programação virtual

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Cinemateca Capitólio realiza ação de programação virtual
Em função da pandemia do coronavírus, a Cinemateca Capitólio foi forçada a interromper a sua programação desde o último sábado (14/3). A partir dessa situação adversa, a equipe decidiu elaborar uma programação on-line, compartilhando links de filmes que estão disponíveis na rede para acesso doméstico. Esta curadoria virtual tem o objetivo de manter um contato diário com os frequentadores do espaço e a comunidade em geral, além de oferecer uma alternativa de entretenimento nesses tempos de reclusão doméstica a que todos somos obrigados a aderir a partir de agora. A divulgação da programação, com os respectivos links deacesso, está sendo feitas pelas redes sociais da Cinemateca Capitólio (Facebook, Twitter e Instagram). A programação iniciou no dia 19 de março, justamente com o filme que inaugurou a Cinemateca Capitólio, em 27 demarço de 2015: Vento Norte (1951), de Salomão Scliar. Embora o filme ainda não tenha uma cópia em HD, trata-se de uma jóia rara do cinema brasileiro, que merece ser conhecida por todos. Primeiro longa-metragem de ficção sonoro produzido no RS, Vento Norte foi lançado em VHS pela Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre em 2002, dentro da coleção Cinemateca RS, junto com um livro do pesquisador Glênio Nicola Povoas sobre o filme. Na ocasião, o crítico de cinema Amir Labaki escreveu o lançamento no jornal Folha de S. Paulo: “O enredo acompanha o tradicional choque provocado pela chegada de um estranho, interpretado por Roberto Bataglin. Póvoas acerta na mosca ao destacar dois aspectos do filme. Em primeiro lugar, ainda impressiona o apuro plástico de suas composições em preto-e-branco, que remetem aos inacabados Que Viva México, de Eisenstein, e É Tudo Verdade de Orson Welles. Póvoas mata a charada ao lembrar a relação entre Scliar e George Fanto, o fotógrafo húngaro que colaborou com Welles no Brasil e em Othello”. O pesquisador gaúcho insere Vento Norte como pioneiro no contexto da moderna produção independente brasileira. Sua filmagem em locações, com equipe pequena e intérpretes majoritariamente amadores, precede a dos marcos tradicionais, Agulha no Palheiro (1952), de Alex Viany, e Rio 40 Graus (1955), de Nelson Pereira dos Santos. Póvoas é particularmente feliz em matizar a apregoada influência neo-realista em Scliar.” Assista ao filme Vento Norte:

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