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“Pedágio” vence o Festival de Cine de Punta del Este

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“Pedágio” vence o Festival de Cine de Punta del Este A produtora Nora Goulart recebe o prêmio de melhor longa ibero-americano de ficção. Foto: Roger Lerina

O Brasil foi bem premiado no 26° Festival Internacional de Cine de Punta del Este na noite desta quarta-feira (28/2). Pedágio, de Carolina Markowicz, foi escolhido o melhor longa da competição de ficção ibero-americana, enquanto Cacá Amaral, de A Metade de Nós, ganhou o troféu de melhor ator do certame. Além disso, o cineasta Jorge Furtado foi homenageado pelo evento com um prêmio especial e uma retrospectiva de seis de seus filmes.

Maeve Jinkings paga um tributo alto demais em “Pedágio”

O festival uruguaio começou no dia 23 de fevereiro também com sotaque brasileiro: exibido fora de competição, o longa Pérola levou ao charmoso balneário o diretor Murilo Benício e a atriz Drica Moraes, que apresentaram a comédia dramática para o público no palco da Sala Cantegril – principal cinema do circuito de exibição do evento e onde também foram entregues os prêmios na festa de encerramento. Neste ano, foram exibidos mais de 50 filmes nas mostras competitivas e paralelas, em quatro locais de Punta del Este, assistidos por um público de mais de 5,5 mil pessoas.

“Esse festival é único porque proporciona que o público assista aos filmes gratuitamente. Os uruguaios gostam de cinema e de ver os atores e diretores que chegam e se maravilham com Punta del Este”, comentou a jornalista Daniela Cardarello, uruguaia nascida em Porto Alegre, diretora artística do evento e responsável pela seleção dos filmes.

Criado em 1951 pelo empreendedor Mauricio Litman, o Festival de Punta del Este tem como objetivo ser uma ferramenta para o desenvolvimento do setor audiovisual uruguaio e a construção de um público cinematográfico, além de incentivar o turismo cultural. Nesta edição, a competição de longas ibero-americanos de ficção incluiu 10 títulos, provenientes de diversos países da América Latina, além da Espanha, que concorreram ao Prêmio Mauricio Litman nas categorias de melhor filme, diretor, atriz, ator e Prêmio do Público.

O brasileiro Cacá Amaral recebe o prêmio das mãos do espanhol Sergi López. Foto: Roger Lerina

O júri internacional – que incluiu o grande ator espanhol Sergi López, de filmes como Harry Chegou para Ajudar (2000), Coisas Belas e Sujas (2002) e O Labirinto do Fauno (2006) – premiou o chileno Felipe Carmona como melhor diretor por Penal Cordillera, ótimo drama sobre uma penitenciária cheia de privilégios onde ficavam presos generais que participaram do governo do ditador Augusto Pinochet. Já Jenny Nava, do drama colombiano El Otro Hijo, levou o prêmio de melhor atriz, enquanto o argentino Como el Mar foi o melhor filme segundo o voto popular.

O júri da competição ibero-americana de documentários concedeu o troféu de melhor filme a Me Río de las Olas, de Azeneth Farah, que acompanha a busca da diretora mexicana pelas raízes familiares na Bolívia, marcadas pela militância política de esquerda da avó e do pai.

A produtora Nora Goulart, sócia da Casa de Cinema de Porto Alegre, recebeu o troféu de melhor filme em nome da diretora Carolina Markowicz. Emocionado, Cacá Amaral agradeceu dizendo que seu prêmio de interpretação representa um reconhecimento que chega depois de uma longa carreira nos palcos e nas telas, alertando ainda para a importância de trazer à pauta o suicídio – tema central de A Metade de Nós, filme dirigido por Flávio Botelho: “É preciso falar sobre isso. O suicídio não pode ser um assunto tabu”.

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