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Clarice Falcão destrói e reconstrói ansiedades no clipe “Só + 6”

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Clarice Falcão destrói e reconstrói ansiedades no clipe “Só + 6”
Ansiedades e obsessões como marcos de reconstruções e destruições moldam o performático e hipnótico clipe de Só+6 da cantora, compositora e atriz Clarice Falcão. Realizado pelo Teatro da Pombagira e dirigido por Marcelo d’Ávila, o vídeo está disponível no canal do YouTube da artista. – A música é pesada, fala sobre não querer acabar a festa por ter medo de ficar sozinho e com isso passar do limite. O clipe fala disso de um modo lúdico, poético e com todo um contexto de destruição e reconstrução – conta Clarice. No vídeo com tons de instalação e vídeo-arte, ela se divide em uma representação visual dos excessos e limites ultrapassados em contrapartida ao expurgo, destruindo memórias e objetos quase que como num ritual. “Quando eu quebrei a primeira coisa, foi a melhor sensação da minha vida! Eu podia gravar outro clipe ali logo depois e quis quebrar tudo. No dia seguinte estava dolorida mas valeu a pena”, se diverte a artista. Após chamar atenção como atriz, Clarice começou sua carreira musical em 2012 com um EP auto-intitulado. Com quatro canções cheias de humor em formato indie folk, o trabalho foi o ponto inicial para a construção de Monomania, debut cheio de hits lançado no ano seguinte. Uma coleção de amores obsessivos cantados de forma adorável, o álbum levou Falcão a ser indicada ao Grammy Latino de artista revelação. Com seu conceito antecipado por um bem-recebido cover de Survivor, do Destiny’s Child, o eclético Problema Meu (2016) trazia uma compositora amadurecida. O disco falava sobre liberdade, empoderamento, feminismo e um olhar livre sobre o amor, bem diferente do seu trabalho de estreia. Deixando o indie folk de lado, o álbum produzido por Kassin passeia do carimbó ao synthpop. Este último gênero, aliás, é marca de Tem Conserto (2019), que conta com Só + 6. Denso e dançante, o disco produzido por Lucas de Paiva traz uma voz nunca vista na música de Clarice. Abrindo-se de modo inédito para debater questões profundas e pessoais, como ansiedade e depressão, que a acompanham desde a adolescência, o álbum dialoga com as obsessões e liberdades dos outros trabalhos em um modo mais íntimo, sem perder o olhar de crônicas do cotidiano que a marcou. Essa estética evoluiu para o memorialista EP Eu me Lembro (2020) e mostra uma artista madura e ousada em O After do Fim do Mundo, com participação de Linn da Quebrada, seus lançamentos mais recentes. Confira o clipe de Só+6:

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