Delicatessen lança segundo single de “Happy Madness”

É fato que o começo da Bossa Nova teve como endereço o apartamento da Nara Leão, na avenida Atlântica, em Copacabana. Era lá que Roberto Menescal se reunia com a amiga Nara para escutar discos de jazz e tocar violão. Os encontros foram aumentando. Chama um, chama outro e logo se tornou um berço do gênero. Era um ponto de encontro de instrumentistas e compositores em plena ebulição criativa. As rodas de violão foram escola para toda uma geração que crescia com uma nova cena musical. Neste contexto que Menescal conheceu seu parceiro musical Ronaldo Bôscoli. A partir dali a dupla foi uma espécie de molde para todo movimento. Da música à letra, trouxeram leveza. Uma parceria que rendeu grandes clássicos da Bossa Nova interpretados até hoje. Um deles é Telefone, que ganha agora uma versão jazzística pelo Delicatessen homenageando a referência que fez a cabeça daquela turma. O diálogo vocal de Rowena Jameson, transformando o clássico som de telefone da melodia da letra num scat jazzie da introdução, junto com o walking bass do Nico Bueno e o infalível trompete do Jorginho do Trompete, amarra perfeitamente a bossa ao jazz. O violão de Antônio Flores cruza a delicadeza harmônica da bossa com o fraseado digno dos melhores solistas do estilo. Tudo isso com o ataque preciso de Mano Gomes na bateria dinâmica e marcante na medida certa. Nessa versão de Telefone, a obra de Menescal e Bôscoli é reverenciada pelo Delicatessen numa viagem representativa do começo deste gênero genuinamente brasileiro com sua primeira referência, o jazz. Escute Telefone aqui. Confira a versão ao vivo de Telefone: