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“Operita Violoncello” aguarda novas datas para o segundo semestre

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“Operita Violoncello” aguarda novas datas para o segundo semestre
Aguardada como uma das grandes estreias da temporada erudita, em Porto Alegre, a Operita Violoncello é mais uma das montagens que teve apresentações adiadas devido à crise provocada pelo covid-19. A temporada estava prevista para ocorrer nos dias 28 e 29 de abril, no Theatro São Pedro. A ópera de câmara em um ato composta e regida pelo maestro Arthur Barbosa, com libreto de Álvaro Santi, tem como tema central o violoncelo. Dirigida por Jacqueline Pinzon, a montagem leva um renomado elenco à cena, protagonizado pela mezzo-soprano Angela Diel, pelo baixo Ricardo Barpp e pelo bailarino e corógrafo Raul Voges, além de um conjunto de oito violoncelistas, um percussionista e duas bailarinas/atrizes, Pâmela Manica e Janaína Nocchi. Está não é a primeira incursão de Arthur Barbosa neste gênero. Como violinista e apaixonado por ópera, já tocou em diversas orquestras, participando de montagens no Brasil e no Exterior, como em Santiago do Chile, país onde trabalhou ao longo de 1991, junto à Orquestra Filarmônica de Santiago. Teve grande atuação junto à (extinta) Orquestra Filarmônica da PUC-RS, sob a regência do maestro Frederico Gerling Jr., e, mais recentemente, com a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa). Sua primeira composição operística foi (Antônio) Chimango, que estreou em 2014, com Ospa. A obra de Ramiro Barcelos, com libreto de Rafael Godinho, alcançou grande sucesso. “Até hoje as pessoas ainda me perguntam por que não volta a cartaz” (risos). Arthur Barbosa conta que já fazia um ano e meio que estava tentando realizar a Operita Violoncello. “Eu comecei a compô-la havia mais ou menos nove ou dez meses atrás. A ideia era homenagear este instrumento que eu tanto admiro, o violoncelo. Em que pese o fato de eu tocar violino, gosto muito do violoncelo. Eu já tinha conversado com algumas pessoas cellistas, que conheço, pra fazer uma obra que representasse esse instrumento, então veio a ideia e junto essa história de transformar o violoncelo quase num ser humano, no sentido de que é mais um personagem na obra”, explica. Para a concretização do projeto, o maestro contou com a colaboração de diversos artistas, que gentilmente se colocaram à disposição. Na trama, existem três personagens centrais: Maria, uma grande violoncelista; Juan, por quem Maria se apaixona, e o próprio violoncelo de Maria, formando um triângulo amoroso entre um instrumento e duas pessoas. O libreto foi escrito por Álvaro Santi. Poeta e compositor premiado, ele possui diversos poemas publicados. (seu último livro foi Nenhum amor igual ao meu, lançado em 2019). “Eu já tinha o enredo da ópera, mas foi Álvaro que desenvolveu essa história de amor, envolvendo esses três personagens”, relata. “Foi um trabalho tranquilo. Ele fez o poema e eu transformei-o em música”, diz. Ele conta que uma boa parte da música já havia composto, mas não tinha os diálogos. “O Álvaro ficou livre pra fazer a parte dele. Trocamos impressões o tempo inteiro, até chegarmos a um texto final, a partir do qual comecei a compor as canções que faltavam. Foi todo um processo […]

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