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Semper Volt faz crítica política eletrônica em novo álbum

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Semper Volt faz crítica política eletrônica em novo álbum
O ano era 2018. Havia um misto de tristeza e desesperança no ar daqueles que não sabiam como os próximos anos seriam após o novo presidente ser eleito no Brasil. Dentre essas pessoas estava Semper Volt, artista que preparava seu primeiro álbum já disponível nasplataformas de streaming, Cristal. Bateu primeira faixa, abre os caminhos para um disco conciso que trabalha a música eletrônica com elementos bem brasileiros, como a zabumba, pandeiro e o timbal. Ela faz parte dos três interlúdios que estão em Cristal e preparam o ouvinte para o clima do que estar por vir, num álbum que foi concebido para ser ouvido do começo ao fim. A música escolhida para estar à frente do disco é bem adequada para o momento Segura a Bronca, Meu Povo, porque não está sendo fácil. A canção soa com uma das mais eletrônicas já que Semper Volt usa vocoder na voz, efeito que deixa a voz robótica muito utilizado pelo Daft Punk. Ela, aliás, é um bom exemplo do que esperar na fusão que ele propõe no álbum. – Essa [música] é bem direta. É sobre esse sentimento de que ainda não passamos pelo pior. Alguns indo embora, outros ficando, mais muita turbulência e trovoada. No final ela tenta oferecer alguma esperança, demonstrar uma solidariedade. Uma música sobre a recente turbulência política e social no meu país e no mundo. Tomei a ideia da letra de My People … Hold On, de Eddie Kendricks, e a mensagem é semelhante: de solidariedade, embora reconheça que não são tempos fáceis, nós precisamos cuidar uns do outros – conta Semper Volt. Em sua fala, Semper Volt já deixa explícita uma de suas influências, que para este álbum também passaram por Thundercat, Animal Collective, Tame Impala, MGMT, Hello Nasty dos Beastie, que se misturam a sons bem conhecidos aqui pelo Brasil, como Lô Borges no Clube da Esquina e Nação Zumbi. Cristal conta com as participações especiais de São Yantó, que fez a preparação vocal e está em Massa Crítica e Gelo e do pai do Semper Volt, o baterista Carlos Bala (Djavan, Maria Bethânia, Gal Costa) nas faixas Sem Nada e João Player Special. O álbum tem produção musical de Ivan Gomes (Abacaxepa, Lê Coelho) mixagem de Ricardo Mosca (Maria Beraldo, 5 A Seco, Emicida) e masterização de Felipe Tichauer (Céu, Curumin). A arte da capa foi feita por Gabriel Dietrich, da Monopost. Escute Cristal aqui.

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