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Festival Música Estranha edição 8 ½ aposta na interação entre artista e público

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Festival Música Estranha edição 8 ½ aposta na interação entre artista e público Capa. Foto: Divulgação

Como pensar um festival de música e artes híbridas neste momento de recessão econômica e pandêmica, um ano depois do início do isolamento social? O que apresentar e como apresentar tanto para o público quanto para os artistas envolvidos? Com esses questionamentos, depois de muito planejar e replanejar, nasce a edição do Festival Música Estranha intitulada 8 ½, que será realizada nos dias 24 e 25 de abril, através de suas plataformas virtuais.

Essa edição – em referência ao notório filme de Fellini – remete a um estado de suspensão, como um hiato entre tempos, entre passado e futuro, fantasia e realidade, buscando um contato próximo com o público e oferecendo aos artistas um outro tempo para a reflexão e criação artística. 

“Buscamos fugir do formato clássico de transmissão de shows ao vivo. O desafio desde o começo era encontrar um jeito novo, que mesmo diante de tantas restrições ainda despertasse o interesse do público, oferecendo uma experiência diferente diante da tela, para os dois lados. A edição 8 1 ⁄ 2 nasce então ancorada na interação entre artista e espectador, em um formato mais informal em que tentamos recriar aquela atmosfera de proximidade a que estávamos acostumados”, explica Thiago Cury, curador e diretor geral do Música Estranha.

Ainda, “como se estivéssemos em um programa de auditório ao vivo em que o público é convidado por um mediador a dialogar com o artista, intercalando  a apresentação de fragmentos de sua obra. Por isso a escolha do mediador foi tão importante, pois é ele quem vai conduzir essa interessante troca entre quem se apresenta e quem assiste”. Os mediadores escolhidos em conjunto com os grupos trazem perfis diversos, desde músicos, compositores, artistas visuais e cineastas, até jornalistas e professores.  

Destaque para as intervenções artísticas em uma proposta curatorial inédita com cinco comissionamentos de obras multimídia, num processo de colaboração a longo prazo cujos trabalhos se iniciam nesta edição com a produção de exercícios audiovisuais e se aprofundam por nove meses  resultando na criação especial para a nona edição em novembro próximo.

Através do encontro entre artistas que circulam entre a música de invenção, as artes sonoras e as artes visuais, o Festival busca questionar e refletir sobre o fazer artístico hoje se apoiando em pautas que marcam os tempos atuais explorando a própria rede como meio de expressão.

As cinco mesas de debate trazem temas atuais e necessários como inteligência artificial e academia e arte experimental, com convidados de diferentes áreas culturais.  

Complementam a programação do Festival oficinas, atividade dedicada aos pequenos – jovens entre 10 e 15 anos – com Lello Bezerra; também duas Mentorias, guiadas por Thiago Cury, com foco em criadores sonoros, compositores e artistas experimentais com novas abordagens na construção de carreira, na identificação de objetivos e do potencial de cada artista.

O projeto foi realizado com recursos da Lei Aldir Blanc.

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