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Iara Souza é a convidada da série “O Artista por Trás da Cena”

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Iara Souza é a convidada da série “O Artista por Trás da Cena” Iara Souza. Frame: IC/Divulgação

O Itaú Cultural dá continuidade a O Artista por Trás da Cena e, nesta quinta (3/12), às 15h, exibe a segunda entrevista da série, tendo como convidada a iluminadora Iara Souza.

Apresentada por Guilherme Bonfanti, light designer com longa trajetória ao lado de grupos como o Teatro da Vertigem, a programação soma seis episódios semanais, em uma primeira edição, voltados ao trabalho de profissionais dos bastidores das artes cênicas, que colaboram de forma fundamental para a construção do espetáculo antes de chegar ao público.

A ideia de expansão das possibilidades de criação e o improviso conduzem esta conversa com Iara. Ela conta para Bonfanti as suas experiências de trabalho em palcos variados no Pará e de como a desigualdade tecnológica, com a qual conviveu ao longo de sua trajetória, a fez trabalhar e pensar na iluminação de forma diferente, dentro e fora da cena.

Hoje professora da Escola de Teatro e Dança, da Universidade Federal do Pará e coordenadora do Grupo de Estudo, Pesquisa e Experimentação em Teatro e Universidades, ela começou de forma autodidata, o que a ajudou na formação desse pensamento criativo.

— Acabei indo trabalhar com procedimentos de criação porque todo esse percurso formativo que fiz sempre foi muito ancorado na minha experiência prática do cotidiano — justifica.

Conhecida pela criação de objetos de iluminação, os quais chama de gambiarras, a iluminadora ressalta que assumir esses inventos em cena também é uma forma de trazer à tona a desigualdade tecnológica na qual se vive, escalonada por região, cidade e classe social.

Mas o trabalho com o improviso em seu processo criativo vai além: “Dentro do meu trabalho nas artes cênicas esse improviso é uma coisa inerente, mesmo quando se tem acesso à tecnologia”.

Sobre com tem atuado durante o período de isolamento social por conta da pandemia do Covid-19, a iluminadora fala que é difícil ficar afastada das produções, uma vez que, segundo ela, o criador das artes se cura, se trata e se reconstrói no trabalho que faz. Para suprir essa falta, Iara conta que tem feito produções em casa, como videoaulas de como fazer gambiarras de luz caseiras.

— Vamos continuar dando aula, fazendo contação de histórias e essas coisas — anima-se.

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