Nova revista digital aborda o universo feminino
Fatima Torri. Foto: Fatto Comunicação/Divulgação
Fátima Torri lança na terça (22/9), a primeira edição da revista digital Fala Feminina e volta a fazer o que mais gosta: ser repórter.
A publicação estreia com um olhar sobre o tempo que corre no jardim de Lia Luft, regado à refrigerante. A escritora, que desfruta da serenidade de seus 81 anos e quase um milhão de livros vendidos, fala sobre seu envelhecer muito bem resolvido.
Também são destaque o corpo e alma coloridos de Esther Grossi, que com 84 anos usufrui de rigor físico e intelectual de quem não aceita viver menos que 115, e um relato da inconfundível comunicadora Tânia Carvalho que, aos 77, vê a velhice como libertação.
— Em vez de curtir as novas formas de liberdade que o passar do tempo nos concede, vamos nos aprisionar no terror? — questiona Lya Luft em um trecho da obra O Tempo é um Rio que Corre, publicada em 2014, que discute os sentimentos e transformações que chegam com os anos.
E é sobre essa nova liberdade, ou prisão, que a velhice pode trazer às mulheres que tratam as matérias destaque da Fala Feminina, nova revista digital que abre espaço para o debate acerca do feminino e toda a sua complexidade.
Para Fátima, a dominação feminina sempre esteve intimamente ligada à influência da igreja. “Deus era o fiel da balança do controle do prazer da mulher. Igreja e escola normatizaram a sociedade.”, afirma. Segundo Fátima, desde a gestação, já há um check list do que as mulheres devem ser idealmente. E se não forem, há punições previstas.
A publicação abordará questões como essa, mas também falará sobre o despertar feminino. Não por menos, as mulheres estão ocupando espaços importantes como nunca antes. Liderando movimentos, empresas, países. Vide os resultados mais positivos em relação à pandemia em regiões governadas por mulheres.
“Vivemos um mundo ainda masculino, mas em grande transformação. E é sobre isso que vamos falar na Fala Feminina”, encerra Fátima.
Para a produção da primeira edição da revista, além da própria Fátima, contribuíram as jornalistas Patrícia Lima, Lu Tomé, Bruna Porciúncula e o jornalista Clóvis Malta. Também Lívia Pinent, Cássia Zanon, Tamy Yasue e Três Comunicação.
