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Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural aponta crescimento da economia criativa

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Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural aponta crescimento da economia criativa Logo. Foto: IC/Divulgação

O número de postos de trabalho na economia criativa cresceu 14% no terceiro trimestre deste ano no comparativo com igual período do ano passado, aponta levantamento do Observatório Itaú Cultural.  O segmento, que integra publicidade, cultura, gastronomia (considerando os chefs de cozinha), arquitetura, design e artesanato, entre outras atividades, fecharam setembro deste ano com aproximadamente 7, 1 milhões de trabalhadores alocados, 868,3 mil postos a mais que os 6,3 milhões verificados no terceiro trimestre de 2020.

No Rio Grande do Sul, a oferta de vagas na economia criativa cresceu 22% no terceiro trimestre contra igual período do ano anterior, com a criação de 80,1 mil postos de trabalho. O mês de setembro deste ano fechou com 442,3 mil trabalhadores alocados na indústria criativa no Estado.

“Os dados e a cronologia mostram claramente que a retomada de empregos na economia criativa se deu por conta do avanço da vacinação, que permitiu a retomada das atividades com a reabertura do setor e uma maior confiança do público”, avalia Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural. 

Informal X formal 

O crescimento da oferta de postos de trabalhos formais na economia criativa cresceu 13% entre o terceiro trimestre deste ano e o mesmo período do ano anterior. Já os postos de trabalho informais experimentaram expansão de 15% no mesmo intervalo. 

O terceiro trimestre de 2021 encerrou com 4,48 milhões de trabalhadores formais, com carteira assinada, atuando na economia criativa. Os informais somaram 2,69 milhões de trabalhadores no segmento. 

Especializados, apoio e incorporados 

O Observatório Itaú Cultural também analisou o crescimento da oferta de postos de acordo com os tipos de trabalhadores que atuam na economia criativa no país. Segundo o relatório, os trabalhadores de apoio (um contador que presta serviços a empresas do segmento, por exemplo) foram os que mais se beneficiaram com a retomada da economia criativa. Neste      estrato, a oferta de vagas cresceu quase 20% e foram criados 417,1 mil postos entre o terceiro trimestre de 2021 e o mesmo período de 2020. 

Já a expansão da oferta de postos de trabalho para os especializados (trabalhadores criativos trabalhando em suas áreas de origem) foi da ordem de 13%. No período analisado foram criados 336,3 mil postos de trabalho neste estrato da economia criativa.   

A área da cultura foi uma das que se beneficiou do aquecimento. Neste estrato, a oferta de postos de trabalho cresceu 15%. No terceiro trimestre de 2020 havia 584,2 trabalhadores especializados em cultura em atividade no país. No terceiro trimestre deste ano, o número subiu para 675,5 mil.   

Para os trabalhadores criativos incorporados em outros setores da economia (um design que trabalha para indústria automotiva, por exemplo) a expansão foi menor: 6%. Para este estrato foram criados 114,8 mil postos de trabalho entre os terceiros trimestres de 2021 e 2020. 

Rendimento médio    

 Embora a oferta de postos de trabalho tenha crescido na economia criativa, o rendimento médio dos trabalhadores seguiu em direção inversa e encolheu no período analisado. Em valores deflacionados, o valor médio auferido pelos trabalhadores do sexo masculino da economia criativa no terceiro trimestre de 2021 era de R$ 4.775,00 por mês. No terceiro trimestre de 2021, o valor caiu para R$ 3.999,00 (queda de 16%).  

Entre as mulheres, o rendimento médio encolheu menos: 5%. A remuneração média das trabalhadoras da economia criativa era de R$ 2615,00 no terceiro trimestre de 2020. No mesmo período de 2021, o valor havia encolhido para R$ 2.406,00. 

O Observatório Itaú Cultural foi criado em 2006 com foco na gestão, na economia e nas políticas culturais e promove, desde então, estudos e debates desses temas, estimulando a reflexão sobre a cultura em seus vários aspectos e analisando os indicadores nacionais. A atuação do Observatório é ampliada com seminários, cursos, encontros e palestras; uma linha editorial de livros e da Revista Observatório, disponíveis gratuitamente na web; e a promoção de pesquisas sobre o campo cultural.

Acesse o levantamento completo em:  https://www.itaucultural.org.br/secoes/observatorio-itau-cultural/painel-de-dados 

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