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Programa de alfabetização audiovisual discute Cinema Negro e racismo nas escolas

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Programa de alfabetização audiovisual discute Cinema Negro e racismo nas escolas Cartaz. Foto: SMC/Divulgação

O Programa de Alfabetização Audiovisual lança no dia 10 de setembro uma nova ação de formação dirigida a professores e professoras, o curso Cinema Negro na Escola. Realizada através de uma parceria entre a UFRGS e Cinemateca Capitólio, com financiamento da Secretaria da Diversidade Cultural do Governo Federal, a iniciativa busca apoiar professores que buscam alternativas para oferecer a seus alunos atividades pedagógicas relacionadas ao cinema durante o período de isolamento provocado pela pandemia do novo coronavírus.

A atividade integra as ações do Laboratório Vagalume, espaço de formação de professores mantido pelo Programa de Alfabetização Audiovisual e voltado para a reflexão sobre o cinema e a educação.

O curso foi desenvolvido pela equipe do Programa de Alfabetização Audiovisual como uma resposta à crescente onda de indignação provocada por uma série de episódios recentes de violência contra a população negra, todos eles com grande repercussão: a morte de George Floyd, nos Estados Unidos, do adolescente João Pedro, no Rio de Janeiro, e do menino Miguel, em Recife. Embora não sejam fatos novos, a proximidade e a extrema barbárie relacionada a essas mortes fizeram com que o debate sobre o racismo ganhasse uma dimensão até então inédita, e consequentemente alertassem para a necessidade urgente de levá-lo para o âmbito da escola.

Em função da pandemia, trata-se de uma ação de formação virtual, que propõe aos professores e alunos uma discussão sobre o racismo através da apresentação de filmes brasileiros de curta-metragem, em sua ampla maioria dirigidos por cineastas negros. São três programas, pensados para três faixas etárias distintas de estudantes. Os professores inscritos na formação têm acesso ao link dos filmes, e também a conversas do programador responsável pela seleção dos filmes com seus diretores e outros convidados.

Por acreditar que o enfrentamento ao racismo deve se dar em todas as frentes, e entender que a escola é um dos primeiros espaços onde ele se manifesta, a equipe do Programa decidiu dar total protagonismo a filmes realizados por diretores e diretoras negras. São títulos assinados por representantes do novíssimo cinema negro brasileiro, como Gabriel Martins, Juliana Vicente, Vinícius Silva, Juliana Balhego e Safira Moreira, que tratam das questões da infância e da juventude, valorizam a história e as tradições africanas e refletem sobre os diferentes momentos da vida escolar numa perspectiva de enfrentamento do preconceito racial e da importância da representatividade.

A curadoria optou também por evitar filmes com representações explícitas de violência, privilegiando tramas em que as relações humanas, o afeto, a solidariedade e a criação artística se apresentam como uma alternativa de resistência contra a violência e a discriminação. 

Além do acesso aos filmes e das três conversas gravadas com seus diretores e outros convidados relativas a cada um dos módulos, o PAA disponibilizará aos inscritos no curso Cinema Negro na Escola uma série de textos, críticas, sugestões de bibliografia e outras indicações de filmes que abordam o tema do racismo.

Todas as ações de formação de professores do Programa de Alfabetização Audiovisual são gratuitas e oferecem certificado de participação. As inscrições podem ser feitas através do link https://forms.gle/ro8QTij8PnkAYcJS9.

Facebook Programa de Alfabetização Audiovisual
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Twitter @paa_audiovisual
blog alfabetizacaoaudiovisual.blogspot.com

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