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Satélite artístico em exposição na Bienal do Mercosul recebeu mais de 2,7 mil nomes na primeira semana

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Satélite artístico em exposição na Bienal do Mercosul recebeu mais de 2,7 mil nomes na primeira semana Foto: Clara Marques

Mais de 2,7 mil pessoas viajarão pelo espaço com Templo Orbital, a partir de fevereiro de 2023. Este é o número registrado nos primeiros sete dias da Bienal do Mercosul. O primeiro satélite artístico do Sul Global pode ser visitado de terça a domingo, das 9h às 19h, no Farol Santander.

Além do satélite e da antena, a escultura é composta por um website, onde as pessoas podem registrar os nomes de quem elas querem mandar para o espaço. Em 2023, a obra será lançada pelo foguete Falcon9 da SpaceX, orbitando o planeta por cerca de dez anos.

Templo Orbital é uma obra do artista Edson Pavoni desenvolvida em colaboração com o engenheiro aeroespacial Pedro Kaled, o engenheiro elétrico André Biagioni, o arquiteto Guilherme Bullejos, as pesquisadoras Roberta Savian Rosa e Clara Marques, os radioamadores Edson Pereira, Eduardo Erlmn e João Paulo Dutra e a ativista Gabriela Veiga.

Feito em ouro, o satélite mede 5cm x 5cm x 30cm, pesa aproximadamente 245g e é feito com PCBs, componentes eletrônicos e luz de LED. Já a antena tem 120 cm de diâmetro, cerca de 2 cm de altura e pesa 5kg. 

Foto: Clara Marques

“Pode não ser algo constante na mente, mas as nossas crenças sobre o que acontece após a morte moldam o nosso dia a dia. E se a nossa ideia em comum de paraíso fosse radicalmente mais inclusiva? Quão diferente seria a vida na Terra? Esse ‘imaginário’ me levou à criação de um templo no espaço, que encoraja a questionar a colonização simbólica do céu como paraíso, a origem das regras que abrem os fecham seus portões e a influência que essas crenças têm nas decisões que tomamos todos os dias. Templo Orbital ainda busca expandir o debate sobre como o acesso a tecnologias espaciais pode ser uma ferramenta para reduzir a desigualdade no Sul Global e para ajudar a lutar contra ameaças compartilhadas, como a crise climática global, preservando o mundo que de fato ainda temos”, explica Pavoni.

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