Mais recente filme de Woody Allen, O Festival do Amor (2020) estreia em todo o Brasil nesta quinta-feira (6/1). Filmado em San Sebastián durante o cĂ©lebre festival de cinema da bela cidade espanhola da regiĂŁo do PaĂs Basco, a comĂ©dia dramática apresenta uma histĂłria divertida e cheia de referĂŞncias cinĂ©filas, com a tĂpica abordagem do cineasta norte-americano a respeito dos relacionamentos e das atribulações existenciais humanas.
O longa gira em torno do escritor e ex-professor de cinema Mort Rifkin (vivido pelo ótimo ator Wallace Shawn) e sua esposa, Sue (Gina Gershon), que trabalha como assessora de imprensa de grandes estúdios. O casal viaja para a Espanha a fim de acompanhar o Festival de San Sebastián.
A princĂpio relutante com a viagem, Mort acaba seduzido pelo charme da cidade, ao mesmo tempo em que passa a desconfiar de que Sue está flertando com seu cliente, Philippe (Louis Garrel), um charmoso e pretensioso diretor francĂŞs, considerado a nova sensação do cinema europeu. Atormentado pela dĂşvida, o hipocondrĂaco intelectual acaba parando no consultĂłrio da bela mĂ©dica espanhola (Elena Anaya), por quem Mort fica encantado. O elenco inclui ainda os atores Christoph Waltz e Sergi LĂłpez.
O 50º longa da carreira de Allen, que também assina o roteiro, homenageia suas grandes inspirações cinematográficas, recriando – e adaptando com bom humor – cenas de clássicos europeus como O Sétimo Selo (1957) e Persona (1966), ambos dirigidos por Ingmar Bergman, Acossado (1960), de Jean-Luc Godard, Jules e Jim (1962), de François Truffaut, O Anjo Exterminador (1962), de Luis Buñuel, e 8½ (1963), de Federico Fellini,
“Eu já estive no Festival de San Sebastián e me lembrei de como a cidade é linda, então decidi escrever uma história que se passasse lá”, revelou Woody Allen a respeito da escolha da locação para O Festival do Amor. Como não poderia ser diferente, o filme abriu o Festival de San Sebastián de 2021, fora de competição.
Durante a coletiva de imprensa do filme no evento, o cineasta lembrou que cresceu assistindo a filmes europeus, citando entre suas referĂŞncias mais explĂcitas em O Festival do Amor o antolĂłgico drama romântico Um Homem, uma Mulher (1966), de Claude Lelouch: “É um desses filmes europeus que teve um impacto enorme numa geração de cineastas jovens nos Estados Unidos”.
O Festival do Amor: * * *
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