Druk – Mais uma Rodada (2020), o novo e aguardado filme do diretor dinamarquês Thomas Vinterberg, estreia no Brasil nesta quinta-feira (25/3). Indicado aos prêmios do Oscar de Melhor Diretor e Melhor Filme Internacional, o longa-metragem chega simultaneamente nos cinemas e nas plataformas NOW, iTunes/Apple TV, Google Play e YouTube Filmes para compra. A partir do dia 8 de abril, com uma expansão de plataformas e formatos, incluirá também Vivo Play e Sky Play, para compra e aluguel.
Além das duas indicações ao Oscar, o longa também recebeu uma indicação ao Globo de Ouro e foi selecionado para os festivais de Cannes, Toronto, San Sebastián e Mostra Internacional de Cinema em São Paulo – além de ter sido o grande vencedor no European Film Awards, ganhando os prêmios de melhor filme, diretor, ator e roteirista europeu. Druk é uma nova colaboração do cineasta Thomas Vintenberg com o excelente ator Mads Mikkelsen como protagonista – a parceria entre ambos no ótimo A Caça (2012), em que Mikkelsen também interpreta um professor, rendeu os prêmios de melhor ator e diretor em Cannes 2012.
No centro da trama de Druk estão quatro professores de uma pacata escola de ensinos fundamental e médio de uma cidadezinha dinamarquesa: Martin (Mikkelsen), Tommy (Thomas Bo Larsen), Peter (Lars Ranthe) e Nikolaj (Magnus Millang). Os amigos levam uma vida material dos sonhos, com emprego estável e belas famílias, morando em casas confortáveis no seguro subúrbio. Na verdade, todos estão fartos dessa rotina burguesa sem sobressaltos, desanimados com o desinteresse dos alunos em sala de aula e em plena crise de meia idade.
A fim de sair desse marasmo existencial, eles decidem testar uma ousada teoria do psiquiatra norueguês Finn Skårderud: segundo o pesquisador, todo mundo seria mais feliz, relaxado e produtivo se mantivesse constantemente uma quantidade mínima e controlada de álcool no sangue. Assim, o quarteto mergulha de cabeça no experimento etílico, bebendo diariamente inclusive durante o trabalho, de maneira monitorada. Os primeiros resultados positivos parecem comprovar a tese – mas não vai demorar muito para que a situação comece a sair fora do controle dos mestres beberrões.
Durante o desenvolvimento do roteiro de Druk, Vinterberg diz ter pensando em um filme que ao mesmo tempo divertisse o público e levantasse um debate sobre o consumo de álcool: “A ideia do filme era, basicamente, fazer uma celebração sobre o álcool. O álcool pode trazer alegrias, fazer as pessoas se conhecerem, mas também pode matar pessoas, destruir famílias. No filme, queríamos trazer o máximo que pudéssemos sobre todas essas perspectivas”.
Um dos diretores mais importantes da Dinamarca da atualidade, Thomas Vinterberg tornou-se mundialmente conhecido em 1998 com o impactante filme Festa de Família – primeiro título do Dogma-95, provocativo movimento cinematográfico criado em parceria com o diretor Lars von Trier. O drama sobre incesto e esqueletos no armário de um clã da alta burguesia lhe rendeu o Prêmio do Júri no Festival de Cannes e uma indicação ao Globo de Ouro na categoria Melhor Filme Estrangeiro. A filmografia de Vinterberg inclui títulos aclamados como A Caça – drama sobre um professor acusado de pedofilia, indicado ao Oscar em 2014 –, Submarino (2010), Longe Deste Insensato Mundo (2015) e A Comunidade (2016).
Com humor e ironia, Vinterberg escarafuncha nessa comédia dramática mais uma vez a superfície da sociedade dinamarquesa de bem estar para trazer à luz o mal estar subjaccente. Druk alerta que a festa da afluência sem fim pode provocar na manhã seguinte uma ressaca moral acachapante.
Druk – Mais uma Rodada: * * * *
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