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As eleições na Argentina no Uruguai

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As eleições na Argentina no Uruguai Esquerda vence na Argentina e se complica no Uruguai Argentina e Uruguai, os dois países que fazem fronteira com o Brasil pelo Rio Grande do Sul, foram às urnas para escolher seus novos mandatários ontem. Na Argentina, o candidato kirchnerista Alberto Fernández foi eleito presidente do país com 48% dos votos. O atual chefe do executivo, Maurício Macri, teve 40,5%. No Uruguai, haverá segundo turno entre Daniel Martínez, candidato governista de centro-esquerda que ficou em primeiro lugar, e Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional.O presidente Jair Bolsonaro, que está em viagem no Oriente Médio, lamentou a vitória do candidato, que terá como vice a ex-presidente Cristina Kirchner. Pelas várias manifestações do mandatário brasileiro, a vitória de Fernández – que é amigo de Lula – deve ouriçar a relação política entre os dois países. Em agosto, num discurso inflamado em Pelotas, Bolsonaro criticou a a vitória do peronismo já nas prévias, e afirmou que “se a esquerdalha voltar na Argentina, podemos ter no RS um novo Estado de Roraima. Também afirmou que a vitória seria um risco ao Mercosul, e ameaçou isolar o país do bloco.O país hoje é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, mas a relação vem enfraquecendo por conta da crise econômica – o país viu sua pobreza chegar a 35,4%; o desemprego, a 10,6%; e a inflação acumula 37,7% de janeiro a setembro. Entre janeiro e julho, as exportações ao país vizinho despencaram 40% em relação ao mesmo período de 2018, recuando de 9,9 bilhões de dólares para 5,9 bilhões, segundo a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Com o Rio Grande do Sul especificamente, a queda foi sentida no setor de máquinas agrícolas.No Uruguai, a eleição de ontem mostrou um claro revés da esquerda do país, que está no poder desde 2005. O governista e ex-prefeito de Montevidéu Daniel Martínez, da coalizão Frente Ampla, venceu o primeiro turno, mas com uma margem menor do que nos últimos pleitos. Com 40,7% dos votos, derrotou o advogado Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional, de centro-direita, que fez 29,9%. Eles disputam o segundo turno em 24 de novembro. Na mesma eleição, foi feito um plebiscito para uma reforma constitucional com medidas contra a criminalidade no país, que vem crescendo nos últimos anos. A proposta, que queria introduzir a pena permanente de prisão e a criação de uma Guarda nacional com membros das Forças Armadas, não foi aprovada.Mais sobre América Latina – A semana, aliás, foi intensa na América Latina. Além das eleições nos dois países, ainda houve votações na Colômbia, convulsão social no Chile e tensões na Bolívia e no Equador. Se você quer acompanhar mais de perto a conjuntura política e econômica da América Latina, recomendamos a newsletter semanal Giro Latino, que traz as principais notícias do continente na semana, país a país. [yikes-mailchimp form=”1″] Você também precisa saber Agronegócios – O Censo Agropecuário de 2017, divulgado na sexta-feira pelo IBGE confirmou o avanço da produção de soja e sua importância na economia do Rio Grande do Sul. A cultura faturou de 18,1 bilhões de reais no ano retrasado, ou 33,4% da produção agropecuária total do estado. O grão não avança […]

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Esquerda vence na Argentina e se complica no Uruguai Argentina e Uruguai, os dois países que fazem fronteira com o Brasil pelo Rio Grande do Sul, foram às urnas para escolher seus novos mandatários ontem. Na Argentina, o candidato kirchnerista Alberto Fernández foi eleito presidente do país com 48% dos votos. O atual chefe do executivo, Maurício Macri, teve 40,5%. No Uruguai, haverá segundo turno entre Daniel Martínez, candidato governista de centro-esquerda que ficou em primeiro lugar, e Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional.O presidente Jair Bolsonaro, que está em viagem no Oriente Médio, lamentou a vitória do candidato, que terá como vice a ex-presidente Cristina Kirchner. Pelas várias manifestações do mandatário brasileiro, a vitória de Fernández – que é amigo de Lula – deve ouriçar a relação política entre os dois países. Em agosto, num discurso inflamado em Pelotas, Bolsonaro criticou a a vitória do peronismo já nas prévias, e afirmou que “se a esquerdalha voltar na Argentina, podemos ter no RS um novo Estado de Roraima. Também afirmou que a vitória seria um risco ao Mercosul, e ameaçou isolar o país do bloco.O país hoje é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, mas a relação vem enfraquecendo por conta da crise econômica – o país viu sua pobreza chegar a 35,4%; o desemprego, a 10,6%; e a inflação acumula 37,7% de janeiro a setembro. Entre janeiro e julho, as exportações ao país vizinho despencaram 40% em relação ao mesmo período de 2018, recuando de 9,9 bilhões de dólares para 5,9 bilhões, segundo a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Com o Rio Grande do Sul especificamente, a queda foi sentida no setor de máquinas agrícolas.No Uruguai, a eleição de ontem mostrou um claro revés da esquerda do país, que está no poder desde 2005. O governista e ex-prefeito de Montevidéu Daniel Martínez, da coalizão Frente Ampla, venceu o primeiro turno, mas com uma margem menor do que nos últimos pleitos. Com 40,7% dos votos, derrotou o advogado Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional, de centro-direita, que fez 29,9%. Eles disputam o segundo turno em 24 de novembro. Na mesma eleição, foi feito um plebiscito para uma reforma constitucional com medidas contra a criminalidade no país, que vem crescendo nos últimos anos. A proposta, que queria introduzir a pena permanente de prisão e a criação de uma Guarda nacional com membros das Forças Armadas, não foi aprovada.Mais sobre América Latina – A semana, aliás, foi intensa na América Latina. Além das eleições nos dois países, ainda houve votações na Colômbia, convulsão social no Chile e tensões na Bolívia e no Equador. Se você quer acompanhar mais de perto a conjuntura política e econômica da América Latina, recomendamos a newsletter semanal Giro Latino, que traz as principais notícias do continente na semana, país a país. [yikes-mailchimp form=”1″] Você também precisa saber Agronegócios – O Censo Agropecuário de 2017, divulgado na sexta-feira pelo IBGE confirmou o avanço da produção de soja e sua importância na economia do Rio Grande do Sul. A cultura faturou de 18,1 bilhões de reais no ano retrasado, ou 33,4% da produção agropecuária total do estado. O grão não avança […]

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