Juremir Machado da Silva

Provas do golpe de 8 de janeiro

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Provas do golpe de 8 de janeiro Golpistas atacaram Congresso, STF e Palácio do Planalto em 8 de janeiro de 2023 | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A cada dia aparecem novo indícios e provas da tentativa de golpe de Estado, no Brasil, em 8 janeiro de 2023, dia da vergonha cívica.

Só não vê quem não quer. Ou quem não pode.  

Ficha do golpe:

Mentor: Jair Bolsonaro.

Executores: bolsonaristas ligados ao capitão.

Massa de obra: “patriotas” acampados em frente a quartéis.

Mais recente indício: minuta de GLO preparada pelo Ministério da Defesa.

Manchete de O Globo: “8 de janeiro: Ministério da Defesa preparou minuta de GLO para fazer operação militar contra atos golpistas – E-mail foi encontrado após quebra de sigilo autorizada pela CPMI, e pasta afirma que documento foi elaborado no contexto de preparação para atuação das Forças; Lula disse que acionar dispositivo seria consumar o golpe”.

Janja, a tão criticada Janja, mulher do presidente Lula, ajudou a salvar o país. Ao ouvir a sigla GLO, ela balançou o dedinho para Lula e sacudiu a cabeça em tom de na…ni…na…não…

Uma GLO daria poderes extraordinários aos militares.

Lula ficaria nas mãos deles. O presidente sentiu o cheiro de queimado e refugou: “Se eu tivesse feito GLO eu teria assumido a responsabilidade de abandonar minha responsabilidade. Aí sim estaria acontecendo o golpe que essas pessoas queriam. O Lula deixa de ser governo para que algum general assuma o governo. Quem quiser assumir o governo, dispute a eleição e ganhe. É por isso que eu não fiz GLO”.

O plano era criar a dificuldade, com o vandalismo dos “inocentes” úteis, e vender a facilidade com a “boa vontade” dos militares para interromper a bagunça facilitada pela omissão.

Muitas pessoas foram empurradas para o abismo por espertalhões oportunistas instalados diante de microfones potentes.

Bolsonaro teve grandes parceiros na mídia.

O que deu errado?

Simples: um golpe de Estado tendo o insano Jair Bolsonaro como mentor, inspirador e comandante supremo é algo como uma revolução capitaneada pelo sargento Tainha com o recruta Zero de executor.

Talvez seja um exagero essa comparação: Tainha e Zero não cometeriam tantos erros nem fariam mal a tantas pessoas crédulas.

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