Nando Gross

Frustração, Gre-Nal e eleição

Change Size Text
Frustração, Gre-Nal e eleição Estádio Beira-Rio - Site oficial S.C. Internacional
A derrota para o Fluminense representou um dos momentos mais angustiantes na história do Internacional. Isso porque, em ambas as partidas, a equipe colorada esteve à frente na maior parte do tempo, com a classificação para a final da Libertadores parecendo uma realidade. No Rio de Janeiro, o Inter parecia ter o jogo nas mãos até ceder o empate. Já no Beira-Rio, uma vantagem mínima de 1 a 0 alimentava as esperanças, mas duas oportunidades claras de gol incrivelmente desperdiçadas por Enner Valencia determinaram o ponto de virada dessa tragédia. Em apenas seis minutos, o sonho da conquista da Libertadores se desfez. A atual situação do Internacional é desafiadora e implacável. Agora, o objetivo é evitar o rebaixamento no Brasileirão, algo inimaginável para uma equipe que almejava grandes conquistas. O clássico Gre-Nal deste domingo assume uma importância ainda maior, especialmente considerando que o técnico Eduardo Coudet enfrentou o Inter em seis desses confrontos e não conseguiu uma única vitória, tendo dois empates e quatro derrotas em seu currículo. O clima se esquenta ainda mais no Beira-Rio porque no final do ano teremos eleições para a presidência do clube e as campanhas já estão a todo o vapor. Apoiar ou não o atual treinador não é mais uma questão técnica e sim política, é o que percebemos claramente nas manifestações de representantes colorados na imprensa, visivelmente identificados com esta ou aquela chapa. Alessandro Barcellos pela situação e Roberto Melo pela oposição, este é o cenário atual. Barcellos, a exemplo da gestão anterior de Marcelo Medeiros, termina sua gestão sem conquistar nenhum título, o que tenciona ainda mais o ambiente. A atual diretoria errou demais no futebol, mas conseguiu tardiamente montar uma equipe competitiva que, por muito pouco, não chegou à final da Libertadores. Roberto Melo foi quem pela primeira vez contratou Eduardo Coudet para o Inter, quando era vice-presidente de futebol na gestão Medeiros. Este foi um acerto, mas Melo ainda precisa explicar a contratação de Antônio Carlos para comandar o Inter. Um clube com um DNA antirracista não poderia admitir um profissional com o histórico de Antônio Carlos. Além da ação nojenta de racismo contra o atleta Jeovânio, o ex-zagueiro nunca se desculpou e sempre tratou de se vitimizar. Em entrevista ao UOL Esporte, perguntado sobre o episódio, Antônio Carlos disse: “Ali me pegaram para cristo, até porque a maioria dos meus amigos são negros. Tenho meu cunhado que é negro, tenho uma senhora que é praticamente quem manda na minha casa. Ela tem 79 anos, é negra, trabalha comigo há 20 anos, já trabalhou com o Careca. Ali naquele momento quiseram me pegar como exemplo”. Segundo Antônio Carlos, não existe racismo entre os jogadores: “Acho que o racismo no futebol, entre os jogadores, não existe. Eu nunca vi isso aí. A molecada brinca com um negro do time e eles mesmos vão brincando entre eles. “Ah, seu macaco, seu não sei o quê”. Entre eles mesmos eles brincam.” Pois é… E tem ainda um detalhe em tudo isso, eu […]

Quer ter acesso ao conteúdo exclusivo?

Assine o Premium

Você também pode experimentar nossas newsletters por 15 dias!

Experimente grátis as newsletters do Grupo Matinal!

RELACIONADAS

Esqueceu sua senha?

ASSINE E GANHE UMA EDIÇÃO HISTÓRICA DA REVISTA PARÊNTESE.
ASSINE E GANHE UMA EDIÇÃO HISTÓRICA DA REVISTA PARÊNTESE.