Desapaga POA

A Questão Negra em Porto Alegre: o Fio da História

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A Questão Negra em Porto Alegre: o Fio da História Desapaga POA

A edição é de Vitor Ortiz. Os textos e a pesquisa são de Carlos Raimundo Pereira, Jane Mattos, Pedro Vargas, Regina Parente, Manoel José Ávila e Orson Soares. A criação e edição da trilha sonora é de Bebeto Alves e o marketing de Juliana Bittencourt. A equipe de locução tem Carlos Raimundo, Clara Falcão, Leila Mattos, Lucas Samuel e Vítor Ortiz.

Projeto financiado com recursos da Lei Aldir Blanc foca na divulgação da história da população negra em Porto Alegre, indo da lenda do escravizado Josino, que teria sido injustamente condenado à forca e rogado uma praga que atrasou em 100 anos a conclusão das obras da Igreja das Dores, até a transferência do carnaval porto-alegrense para o Porto Seco, em mais uma diáspora urbanística – a exemplo daquelas vividas pelos moradores da Colônia Africana e da Ilhota – sofrida pelos mais pobres.

DISPONÍVEL EM:

O canal de podcast Desapaga POA, criado a partir de um projeto de resgate da história das populações negra, indígena e das periferias de Porto Alegre, lança esta semana o seu primeiro audiolivro, o primeiro também que enfoca diversos temas, personagens e territórios negros da cidade com conteúdo neste formato, disponível gratuitamente na web e nos principais agregadores de podcast.

O audiolivro reúne os quatro episódios sobre a história da questão negra realizados pelo projeto entre maio e julho de 2021. Na primeira parte, o conteúdo reúne a lenda do escravizado Josino, a história da Irmandade do Rosário dos negros e seu papel social e na conquista de liberdade para muitos escravizados e demonstra que, na virada do século XVIII para o XIX, nos anos 1800, a maioria da população de Porto Alegre era composta por pessoas negras.

Em sua segunda parte, o audiolivro lembra a Esquina Democrática, também batisada como Esquina do Zaire, por causa dos encontros de grupos de negros e negras que se reuniam aos finais de tarde das sextas-feiras na área central de Porto Alegre, questão que foi objeto de estudo do geógrafo e antropólogo Yosvaldir Bittencourt. Neste mesmo trecho, o Desapaga POA recorda a luta do Grupo Palmares e de Oliveira Silveira pela consolidação de uma nova data comemorativa da libertação dos escravizados, dando início à consagração do 20 de novembro, a data de Zumbi dos Palmares.

Na terceira parte do audiolivro são apresentados os territórios negros de Porto Alegre com base principalmente nos estudos de Danielle Machado Vieira: a Colônia Africana, o Areal da Baronesa, a Cidade Baixa e o próprio Centro de Porto Alegre, com ênfase no Mercado Público, onde está assentado o Bará, marco territorial da religiosidade afrodescendente, do batuque, de babalorixás e yalorixás.

Por fim, as três horas de áudio se completam com uma viagem pela história do carnaval porto-alegrense, desde de os entrudos e os bailes de salão até o surgimento das escolas de samba, com destaque para as tribos carnavalescas, uma das mais marcantes característica dos desfiles em Porto Alegre. Esta parte final traz ainda a dolorosa história de transferência dos desfiles do Centro para o Porto Seco, como mais uma das diásporas urbanísticas sofridas pelas populações mais pobres.

A edição é de Vitor Ortiz. Os textos e a pesquisa são de Carlos Raimundo Pereira, Jane Mattos, Pedro Vargas, Regina Parente, Manoel José Ávila e Orson Soares. A criação e edição da trilha sonora é de Bebeto Alves e o marketing de Juliana Bittencourt. A equipe de locução tem Carlos Raimundo, Clara Falcão, Leila Mattos, Lucas Samuel e Vítor Ortiz.

Este projeto foi selecionado no edital Criação e Formação – Diversidade das Culturas, da Secretaria Estadual da Cultura – SEDAC/RS – e Fundação Marcopolo e é realizado com recursos da Lei 14.017 de 2020 (a Lei Aldir Blanc).

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