Emprego e exportações são desafios para economia gaúcha

DEE aponta desafios da economia do RS frente a cenário de incerteza O Departamento de Economia e Estatística (DEE) do Governo do Estado apresentou esta semana, em coletiva de imprensa, o Boletim de Conjuntura, nova publicação que busca analisar questões da conjuntura internacional e nacional e seu impacto na realidade do Rio Grande do Sul. A nova publicação, cujo nome imediatamente remete à antiga Carta de Conjuntura, da extinta FEE, será publicada trimestralmente.No texto, os economistas gaúchos observam um cenário externo instável, em que tensões comerciais entre Estados Unidos e China geram incerteza no mercado, e ainda destacam que importantes economias do mundo mostram sinais de desaceleração. No Brasil, os efeitos da crise recessiva que começou em 2014 ainda se fazem presentes e a perspectiva é de crescimento baixo neste e nos próximos anos. É neste ambiente que se apresenta uma série de desafios ao Estado, que o Matinal resume em quatro pontos: O reflexo maior do cenário externo na economia é a queda das exportações do RS. O volume exportado nos primeiros nove meses do ano recuou 16,2%, uma queda na receita da ordem de 2,6 bilhões de reais. Houve forte queda na remessa de soja para a China, que reduziu as compras de soja, e de produtos industriais para a Argentina, em especial de veículos.Apesar das adversidades no âmbito nacional, a economia gaúcha tem se destacado e mostrado crescimento acima da média no Brasil (no acumulado do ano o crescimento é de 3,8%, frente a um crescimento nacional de 0,7%).O principal motor do crescimento gaúcho é o agronegócio e a indústria de transformação – com destaque para o segmento de veículos automotivos, mesmo com a menor exportação. Os economistas acreditam que um dos motivos seria uma maior demanda por parte de empresas que decidiram investir em frotas próprias de transporte após a greve dos caminhoneiros, além do aumento da comercialização de veículos da GM para grandes locadoras de veículos.A má notícia, no entanto, é que este crescimento não está vindo acompanhado da geração de empregos. A taxa de desemprego no Estado permanece estável (registrou apenas um leve recuo, de 8,3% para 8,2%). Os pesquisadores apontam ainda que 30% dos novos postos de trabalho registrados no segundo trimestre deste ano se referem a ocupações por conta própria, caracterizadas pela informalidade e por rendimentos abaixo da média. “É um tipo de ocupação que é mais novidade, pode pegar pessoal do Uber, que se considera ocupado, tem rendimento, mas é uma ocupação mais informal”, observou a coordenadora da pesquisa, Vanessa Sulzbach, em depoimento ao G1. O Boletim de Conjuntura completo pode ser acessado neste link. [yikes-mailchimp form=”1″] Você também precisa saber Sarampo – Chegou a 23 o número de casos confirmados de sarampo no Rio Grande do Sul, conforme atualização da Secretaria Estadual de Saúde. Outros 35 casos ainda seguem em investigação. Dos seis novos pacientes diagnosticados, quatro são de Cachoeirinha. Os outros dois são de Canoas e Ijuí. Hoje termina a campanha de vacinação contra o sarampo. No dia D da campanha, no último sábado, mais de 2,3 mil pessoas foram imunizadas nos postos de saúde.Mercado Público – O Ministério Público vai […]