Decreto que proíbe venda de bebidas na Orla também vale para o Marinha
Foto: Cesar Lopes / PMPA
Foi assinado na sexta-feira o decreto que proíbe a venda de bebidas alcoólicas em toda a extensão da Orla do Guaíba da meia-noite às 8h. O texto inclui o Parque Marinha do Brasil e veta ainda a comercialização de bebidas e alimentos via tele-entrega para quem estiver em via pública. Também ficam proibidos distúrbios sonoros causados por equipamentos de som, das 22h às 8h do dia seguinte. A Guarda Municipal vai ser a responsável por dispersar aglomerações que perturbem o sossego público. Após o duplo homicídio ocorrido na região em 10 de junho – e que motivou o prefeito Sebastião Melo a decretar a proibição –, frequentadores relatam presença mais ostensiva da polícia. Ex-vereador e deputado estadual, Matheus Gomes (PSOL) critica a medida. Para ele, a decisão não vai garantir segurança ao local. Ele questiona ainda a falta de diálogo com o público jovem, que frequenta a Orla e carece de espaços de lazer na capital.
MPF arquiva processo que reverteria o desligamento de cotistas da UFRGS – O Ministério Público Federal (MPF) decidiu arquivar o processo que buscava reverter o desligamento de 160 alunos cotistas da UFRGS. Os estudantes, que estavam com matrícula provisória, haviam acionado o órgão em maio após terem sido desligados. Na época, a universidade afirmou que os alunos não haviam apresentado a documentação necessária ou que o recurso havia sido indeferido. Segundo o MPF, o processo foi arquivado porque os casos envolvem diferentes situações, não justificando uma ação coletiva. Para não perder as vagas, alguns alunos expulsos entraram com processos em grupos menores no MPF, e outros procuraram a Defensoria Pública da União ou advogados. Em maio, após os desligamentos, o Conselho Universitário e o Diretório Central de Estudantes da UFRGS pediram explicações à universidade, alegando falta de transparência.
Reportagem Matinal
Mais quentes, águas do mar gaúcho favorecem novos eventos climáticos extremos
O mar gaúcho está mais quente em 2023. A alteração e seus efeitos no Oceano Atlântico já tinham sido percebidas antes da passagem do ciclone extratropical, que atingiu o Rio Grande do Sul nos dias 15 e 16 de junho e deixou 16 mortos. Uma semana depois do evento climático, as águas da costa voltaram a esquentar, conforme aferição do Observatório Climatológico dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês).
A temperatura considerada normal para esta época do ano no Estado é em torno de 17,5°C, mas, entre maio e o início de junho, a medição chegou a estar 2°C superior. O índice é considerado elevado e pode gerar mais riscos, segundo especialistas. “Essa anomalia positiva pode trazer riscos bastante elevados, como vimos com o ciclone”, salienta o coordenador do Curso de Geografia da Escola de Humanidades da PUCRS, Luciano Zasso.
Ainda que a tendência seja de resfriamento a partir da maior recorrência de frentes frias em razão do inverno, na última sexta-feira, conforme o órgão norte-americano, as águas gaúchas estavam novamente perto de 2°C acima das marcas habituais para esta época do ano.
Coletivo pretende solicitar tombamento federal de área do Cais Mauá
Integrantes do Coletivo Cais Cultural Já entregaram um documento com diretrizes para ocupação da área à ministra da Cultura, Margareth Menezes, que esteve na Capital na semana passada. O grupo avalia a proposição de tombamento federal das edificações. “A expectativa maior é que o conjunto dos armazéns seja reconhecido pela União. Justamente para tentar protegê-los, com o entorno”, diz a advogada e integrante do coletivo Jacqueline Custódio. “Estar sob a tutela federal é uma situação melhor”, avalia. O grupo relata que solicitava, havia semanas, uma audiência com o secretário de Parcerias e Concessões do Estado, Pedro Capeluppi – o encontro ficou marcado para o dia 7 de julho. O coletivo diz que buscou informações com o Piratini a respeito das mudanças previstas para o novo processo, mas que não foi atendido. O governo estadual prevê que lançará já em julho o novo edital de licitação. O novo leilão do Cais Mauá, por sua vez, deve acontecer em outubro.
Outros links:
- Nando Gross escreve na sua coluna de estreia sobre o protagonismo de Renato na campanha do Grêmio e sobre a vitória de virada do Inter, que fortalece o time para o jogo decisivo contra o Independiente Medellín.
- Para facilitar o envio de recursos pelos governos estadual e federal, Porto Alegre decretou situação de emergência. Municípios nessa condição também podem contratar serviços emergenciais sem licitação.
- A Famurs calcula que os prejuízos no Estado causados pela passagem do ciclone extratropical podem chegar a 1 bilhão de reais.
- Somente em São Leopoldo, os danos correspondem a 198 milhões de reais. A tempestade atingiu 310 residências e danificou outras 9,8 mil.
- Nos quatro primeiros meses deste ano, o RS registrou 2.080 contratos de trabalho intermitente – no qual funcionários não trabalham todos os dias da semana e recebem apenas pelas horas contratadas. É mais do que o dobro no mesmo período de 2022.
- A delegada Tatiana Bastos é a nova titular da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância de Porto Alegre. A função era desempenhada por Andrea Mattos, que faleceu em abril.
- A UFRGS oferece 96 cursos online e sem custo nas áreas de saúde, exatas, tecnologia, ciências sociais e linguística. Os cursos têm duração entre 8h e 60h.
- Nesta semana, o RS está com mais de 6,5 mil vagas de emprego, sendo 6.087 delas permanentes. Porém, há também vagas temporárias, para menor aprendiz e para estágio.
Juremir Machado da Silva
Crônica de um verão em Paris
Esse título aí em cima é excessivo: são apenas quatro dias neste verão de Paris. Durante 30 anos, quando não estava morando em Paris, vinha à capital francesa todo ano, às vezes, mais de uma vez. A pandemia interrompeu esse fluxo. Eu estava cansado também dos aviões. O voo da Azul estava bom, com embarque em Viracopos e desembarque em Orly. Agora, vida que segue, retomei as viagens por motivo de trabalho. Reunião do conselho editorial da revista científica Hermès, dirigida por Dominique Wolton e publicada pelo Conselho Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS). Não conheço muitas revistas de ciências humanas que reúnam seu conselho, formado por especialistas de vários países, duas vezes por ano.
Cultura
Douglas Germano e Kiko Dinucci apresentam parcerias e trabalhos solo no Ocidente
Nesta quarta-feira (28/6), às 20h30, o Bar Ocidente recebe os músicos paulistas Douglas Germano e Kiko Dinucci em show que reúne trabalhos solo, canções inéditas e composições conjuntas da dupla, que em 2009 lançou álbum com a formação Duo Moviola, entre outras parcerias — que incluem faixas do grupo Metá Metá. O repórter Ricardo Romanoff conversou com Germano sobre a apresentação, seus álbuns solo e composições suas como Maria da Vila Matilde, imortalizada na voz de Elza Soares. Leia a matéria.
Agenda
O projeto Solo Piano promove, às 12h30, recital da pianista Isabella Brill no Centro Cultural da UFRGS.
Às 16h, para celebrar os 165 anos do Theatro São Pedro, será lançado o livro Teatro Palavra, com organização de Antonio Hohlfeldt e Diego da Maia e fotos de Gilberto Perin.
O Centro Cultural da UFRGS oferece a oficina de forró “Como se Dança o Baião”, às 19h, ministrada pelos bailarinos Carol de Souza e Chico Cordeiro.
A Cinemateca Capitólio promove até 9 de julho a mostraEra uma vez na Tchéquia: Animações, Fantasias e Mistérios, que apresenta um panorama do cinema fantástico produzido em Praga nos tempos da Tchecoslováquia.
Você viu?
Na lateral da Casa do Estudante Universitário da UFRGS, estão retratadas oito artistas brasileiras. Estão juntas a pintora Anita Malfatti, as artistas visuais Zina Aita e Regina Graz, a pianista Guiomar Novaes, a pintora Tarsila do Amaral, a escritora, poetisa, desenhista e cartunista Patrícia Galvão, conhecida como Pagu, a cantora Elsie Houston e a atriz e diretora teatral Eugênia Álvaro Moreyra. O mural, feito pela estudante de Artes Visuais da UFRGS Brenda Klein, une as artistas que fizeram parte do modernismo, movimento que teve seu ápice entre 1910 e 1930. O projeto foi selecionado por um edital da Fundação Nacional de Artes (Funarte) que celebrava o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922.
