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Fechado há quase 6 anos, Gasômetro tem reabertura adiada de novo

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Fechado há quase 6 anos, Gasômetro tem reabertura adiada de novo Usina do Gasômetro. (Foto: Joel Vargas/PMPA)

Previsão do tempo: o céu segue de brigadeiro em Porto Alegre hoje. E o calor, firme e forte, com até 34°C nesta sexta

Os porto-alegrenses terão de esperar um pouco mais para ver reaberta a Usina do Gasômetro, que está fechada há mais de cinco anos para reformas. A expectativa de que ao menos parte do prédio seja reinaugurado na próxima semana, durante o aniversário da cidade, foi frustrada por conta da falta de estrutura no local. 

Consultada pelo Matinal, a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura informou que, agora, o objetivo é entregar todo o prédio revitalizado, deixando de lado a expectativa anterior da reabertura parcial. O atual contrato termina em julho, e a nova previsão do município é de que o trabalho esteja concluído até lá. Segundo o jornalista Jocimar Farina, a obra agora está 2,82 milhões mais cara e chegou a 19,33 milhões de reais. 

Iniciada em 2020, a primeira promessa de entrega da reforma era para março de 2021, mas desde então ela vem sofrendo sucessivos atrasos. Em outubro de 2021, o Matinal revelou que a Prefeitura de Porto Alegre usou um projeto reprovado para licitar a reforma do centro cultural e já alertava para o encarecimento da obra. 


O que mais você precisa saber

MPF envia questionamentos à UFRGS sobre imbróglio no Litoral Norte – O Ministério Público Federal entrou no debate sobre a possibilidade de criar uma Casa do Estudante para os alunos do Campus Litoral Norte da UFRGS, imbróglio que o Matinal explicou aqui. O procurador Enrico Rodrigues de Freitas, da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, encaminhou um ofício à Reitoria estabelecendo prazos para que o reitor Carlos André Bulhões explique o que a universidade faz para resolver o problema no prédio de Tramandaí onde funcionava uma colônia de férias e agora abriga o Centro de Inovação. Ainda neste mês, a Reitoria deve informar sobre a criação de grupo de trabalho e se há previsão de participação de estudantes interessados. A universidade também deve responder sobre a suspensão das obras no prédio da colônia de férias, a fim de esclarecer se há “irreversibilidade (fática ou econômica)” para sua eventual destinação como Casa do Estudante. Procurada pela reportagem, a UFRGS não retornou.

Governo federal deve apoiar indígenas no Morro Santana – Após protesto na sede da Funai em Porto Alegre na tarde desta quinta-feira, a comunidade Kaingang recebeu a notícia de que o Ministério dos Povos Indígenas e a Advocacia-Geral da União devem entrar com ação a favor da comunidade. A resposta do governo federal foi considerada uma vitória da mobilização pelo grupo, que ocupa desde outubro de 2018 um terreno no sopé do Morro Santana, em Porto Alegre, em uma ação batizada de Retomada Gãh Ré. Na última terça-feira, uma nova decisão da Justiça Federal havia determinado a desocupação do terreno no prazo de cinco dias após a intimação e autorizava uso da força policial em caso de descumprimento. A decisão, da juíza Maria Isabel Klein, foi classificada como “racista e abusiva” pelo Conselho Missionário Indigenista (Comin), que se manifestou por meio de nota.

Biblioteca do Estado será comandada por uma mulher negra pela primeira vez – Em seus 150 anos de história, pela primeira vez a Biblioteca Pública do Estado (BPE) será comandada por uma diretora negra. Ana Maria de Souza, que também está à frente do Sistema Estadual de Bibliotecas, substitui Morganah Marcon no cargo. Servidora de carreira do Estado, Souza é graduada em Biblioteconomia e Documentação e tem pós-graduação em Gestão do Conhecimento. Segundo a Secretaria Estadual da Cultura, ela vinha desempenhando funções na Biblioteca Lucília Minssen, na Casa de Cultura Mario Quintana. A bibliotecária ponderou que o motivo que a levou ao novo cargo foi sua formação, mas destacou o ineditismo: “Temos que ressaltar a importância de termos uma mulher preta na direção da BPE. Isso vai falar para as centenas de estudantes pretas que é possível, que a barreira da cor está sendo transposta”.

RS registra primeira morte por dengue no ano – O Governo do Estado confirmou nesta quinta-feira a primeira morte por dengue em 2023. Trata-se de uma mulher de 43 anos, moradora de Bento Gonçalves. A vítima, que tinha hipertensão, começou a sentir os sintomas no dia 9, foi internada em 14 de março e morreu no dia seguinte. Até ontem, o RS já havia registrado 1.002 casos da doença neste ano, quase o total de todo o ano de 2019, antes de uma escalada da doença que atingiu seu ápice em 2022, quando houve mais de 66,8 mil registros de dengue e 66 óbitos, recordes no Estado. Considerada pelo Governo do Estado infestada pelo mosquito transmissor, Porto Alegre soma até agora 47 casos de dengue em 2023, sendo 35 contraídos no próprio município. A principal recomendação para a prevenção ao alastramento da doença segue sendo evitar a reprodução do Aedes aegypti, cujos ovos podem permanecer inertes por até um ano em água parada.


Outros links:


Carta da Editora

Melo, escute as mulheres

Uma cidade boa para as mulheres é boa para todo mundo. Se uma rua é segura para nós, será segura para crianças, idosos e pessoas com deficiência. 

Por quê? Porque as mulheres são as grandes responsáveis pelas atividades relacionadas ao cuidado. Circulam pela cidade com carrinhos de bebê, empurrando cadeiras de rodas. São elas que levam as crianças para a creche, depois para casa da avó – para onde voltam após uma passadinha no mercado. São as mulheres periféricas que atravessam a cidade de uma ponta a outra para fazer faxina em bairros ricos e de classe média.

Mas talvez não seja nessa revisão que as questões de gênero serão contempladas no Plano Diretor de Porto Alegre.

Leia aqui a coluna completa da editora Marcela Donini.


Cultura

“As Palavras” de Rubel para reinventar um país

Capa do álbum. Foto: Bruna Sussekind

O cantor e compositor Rubel lançou seu segundo álbum, As Palavras, Vol. 1 & 2, que reúne participações de artistas tão diversos quanto MC CarolMilton NascimentoLinikerLuedji LunaTim Bernardes e Xande de Pilares. Rubel contou ao repórter Ricardo Romanoff detalhes sobre o trabalho, que explora a diversidade da música brasileira, o contexto político do país e celebra a nossa literatura na faixa Torto Arado, inspirada na obra homônima de Itamar Vieira JuniorLeia a entrevista.

Agenda (🔒)

Hoje
Às 18h30, a Biblioteca Pública do RS retoma sua programação com bate-papo sobre a carreira de mulheres quadrinistas, reunindo Camila RaposaFabiane Langona (Chiquinha) e Mirele Oliveira.

Sábado (18/3)
O coletivo Slam das Minas promove sua primeira edição competitiva, às 16h, na Praça da Matriz.

Às 20h, a montagem Água Redonda e Comprida, com a bailarina Geórgia Macedo e a atriz kaingang Nayane Gakre Domingos, estreia no Teatro Renascença.

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Você lembra?

Para a geração atual, estar desconectado do telefone é quase impossível. Há 50 anos, porém, inconcebível era fazer uma ligação telefônica de um aparelho acoplado a um poste em plena via pública. O primeiro orelhão só foi instalado em Porto Alegre no dia 10 de março de 1973. Era daqueles do tipo moedeiro, em que os números não eram pressionados sobre teclas, mas girados em um disco, e com uma cúpula acústica de fibra de vidro bem menos charmosa do que as cabines vermelhas londrinas. Nos três meses seguintes, um lote com 50 foi distribuído por outras ruas além da Praça da Alfândega. Quem quiser ver de perto um desses exemplares poderá visitar o Memorial da Companhia Riograndense de Telecomunicações, previsto para ser inaugurado até meados de abril, na sede da Associação dos Aposentados da CRT. A exposição vai apresentar também parte do acervo de 1,2 mil itens, como as fichas metálicas que permitiam as ligações.

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