Preso, vereador de Porto Alegre é suspeito de extorquir servidores

Suspeito de exigir que servidores lotados em seu gabinete fizessem empréstimos consignados em uma determinada empresa para repassar o dinheiro para ele, o vereador André Carús (MDB) foi preso na manhã de ontem. O parlamentar foi detido em seu apartamento, onde a Polícia Civil cumpriu mandados de busca, tal como fez na Câmara Municipal e em órgãos da Prefeitura, como DMAE e Demhab. A operação terminou com outros três presos. Carús nega as irregularidades. Vereador em primeiro mandato e eleito há pouco presidente do diretório municipal do MDB em Porto Alegre, ele já havia tido seu nome envolvido em outro esquema criminoso. Em novembro de 2016, quando era diretor do DMLU, pediu exoneração um dia depois que o Ministério Público deflagrou a Operação Fosso de Tártaro. Até então, ele comandava o departamento havia três anos. Medida semelhante será tomada agora, quase três anos depois. Ele irá pedir afastamento do cargo, “para afastar qualquer suspeita de que possa interferir nas investigações”, segundo sua defesa. Conforme a Polícia, houve comprovação de que pelo menos metade dos servidores do gabinete tinham empréstimos descontados no contracheque. A estimativa é de que a possível fraude possa ter movimentado até 300 mil reais. Em nota, o vereador, que corre o risco de ser cassado, disse que irá responder a todas as acusações, uma a uma. A denúncia que acabou por motivar a prisão partiu de uma ex-funcionária, cujos empréstimos chegaram a 100 mil reais. Segundo ela, o vereador havia pedido ajuda para pagar dívidas da campanha. “Ficaria no primeiro ano de mandato e depois isso findaria, mas só que nunca teve fim. Cada vez foi só aumentando a dívida”, disse. Após ser demitida, ela procurou a Polícia. Vice-presidente do diretório municipal do MDB – e que assume a legenda, ao menos temporariamente –, o deputado estadual Tiago Simon evitou críticas ao correligionário. À Rádio Guaíba citou passagem bíblica para defendê-lo: “Jesus disse: ‘Quem nunca errou que atire a primeira pedra’”. Você também precisa saber Contas Públicas – A proposta do Palácio Piratini de destinar 1 milhão de reais para cada deputado gastar com emendas ao Orçamento definitivamente não caiu bem na Assembleia Legislativa. Os deputados do MDB, PT, PDT e PSOL, que somam mais de 20 cadeiras da Casa, decidiram apresentar uma emenda à Lei Orçamentária, destinando os 55 milhões dos deputados para gastos com as demandas da Consulta Popular. Outros três partidos, PSB, PSL e NOVO, também são contra as emendas parlamentares, mas não decidiram se apoiarão a proposta. Se aderirem, a proposta do governador Eduardo Leite (PSDB) deverá ser derrubada. Expansão do Clínicas – Foram entregues ontem as obras de expansão do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). O próximo passo para a ocupação dos blocos B e C do HCPA é a aprovação do Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI) e a obtenção do Habite-se. Os administradores trabalham com a expectativa de transferir a emergência do hospital para o bloco B e o ambulatório para o bloco C até o final do […]