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Tensão na Saúde de Porto Alegre recrudesce 

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Tensão na Saúde de Porto Alegre recrudesce  Piorou o clima entre o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) e trabalhadores e sindicados ligados à Saúde. O pano de fundo da discussão é a extinção do Instituto de Saúde da Família (Imesf), órgão responsável pela atenção primária na Capital. A medida, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) deve acarretar na demissão de 1.840 profissionais da saúde. Com o clima ruim, o prefeito não mediu palavras. “Não vamos tratar os usuários do SUS como gado, como eles estão sendo tratados pelos servidores do Imesf. E é esse um dos motivos pelos quais queremos tirar a Saúde das mãos dos sindicatos partidarizados”, afirmou ele, acusando trabalhadores que foram às ruas protestar de “não estarem cumprindo com seu juramento profissional”. Marchezan também chegou a comparar os funcionários do Imesf a policiais que usam armas para coagir autoridades por aumentos. Presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, Marcelo Matias criticou a falta de diálogo do tucano: “Não existe qualquer possibilidade de negociação enquanto a terminologia usada for essa. Amanhã ela será utilizada contra qualquer porto-alegrense que se contrapuser às ideias da prefeitura”. Para ele, a prefeitura não se preparou de maneira adequada para o processo que tramitou no STF desde 2011. Matias avaliou em entrevista à Rádio Gaúcha que o prefeito está “muito satisfeito em fazer as demissões dos funcionários”. E que esses desligamentos no Imesf custarão 60 milhões de reais aos cofres públicos. Na Câmara Municipal, a temperatura também foi alta durante audiência pública sobre a saúde – e com a situação virando pauta para as eleições de 2020. A deputada federal Maria do Rosário (PT) informou que pediu uma audiência com a ministra Rosa Weber, do STF, para tentar rever a decisão que extinguiu o Instituto. Vereadores partidários de Marchezan, mais uma vez, criticaram quem estava nas galerias protestando. Líder do governo, Mauro Pinheiro (Rede) chegou a afirmar que muitos dos que usaram a palavra não são trabalhadores de verdade: “são integrantes de sindicatos que pediram a extinção do Imesf e agora estão aqui”. Em meio a troca de farpas, a semana começou com 67 postos de saúde fechados ou com atendimento restringido em Porto Alegre. De acordo com a prefeitura, a paralisação afeta cerca de 500 mil pessoas. Ao fim do dia de ontem, em edição-extra do Diário Oficial, 235 profissionais do Imesf foram convocados para unidades de saúde da Capital. A ação visa garantir atendimento nesta terça-feira. Você também precisa saber Desperdício de recursos públicos – O Governo do Estado terá que ressarcir a União em 1,21 milhão de reais, valor repassado em 2012 para a construção do Teatro da OSPA. O sonho de construir a sede própria da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, em um terreno na Avenida Loureiro da Silva, foi firmado por um convênio na gestão de Tarso Genro (PT). Mas a obra, orçada em mais de 23,86 milhões de reais (dos quais o Estado só pagaria 4,77 milhões de reais), ficou só nas fundações e acabou descartada no governo Sartori (MDB), que preferiu […]

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Piorou o clima entre o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) e trabalhadores e sindicados ligados à Saúde. O pano de fundo da discussão é a extinção do Instituto de Saúde da Família (Imesf), órgão responsável pela atenção primária na Capital. A medida, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) deve acarretar na demissão de 1.840 profissionais da saúde. Com o clima ruim, o prefeito não mediu palavras. “Não vamos tratar os usuários do SUS como gado, como eles estão sendo tratados pelos servidores do Imesf. E é esse um dos motivos pelos quais queremos tirar a Saúde das mãos dos sindicatos partidarizados”, afirmou ele, acusando trabalhadores que foram às ruas protestar de “não estarem cumprindo com seu juramento profissional”. Marchezan também chegou a comparar os funcionários do Imesf a policiais que usam armas para coagir autoridades por aumentos. Presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, Marcelo Matias criticou a falta de diálogo do tucano: “Não existe qualquer possibilidade de negociação enquanto a terminologia usada for essa. Amanhã ela será utilizada contra qualquer porto-alegrense que se contrapuser às ideias da prefeitura”. Para ele, a prefeitura não se preparou de maneira adequada para o processo que tramitou no STF desde 2011. Matias avaliou em entrevista à Rádio Gaúcha que o prefeito está “muito satisfeito em fazer as demissões dos funcionários”. E que esses desligamentos no Imesf custarão 60 milhões de reais aos cofres públicos. Na Câmara Municipal, a temperatura também foi alta durante audiência pública sobre a saúde – e com a situação virando pauta para as eleições de 2020. A deputada federal Maria do Rosário (PT) informou que pediu uma audiência com a ministra Rosa Weber, do STF, para tentar rever a decisão que extinguiu o Instituto. Vereadores partidários de Marchezan, mais uma vez, criticaram quem estava nas galerias protestando. Líder do governo, Mauro Pinheiro (Rede) chegou a afirmar que muitos dos que usaram a palavra não são trabalhadores de verdade: “são integrantes de sindicatos que pediram a extinção do Imesf e agora estão aqui”. Em meio a troca de farpas, a semana começou com 67 postos de saúde fechados ou com atendimento restringido em Porto Alegre. De acordo com a prefeitura, a paralisação afeta cerca de 500 mil pessoas. Ao fim do dia de ontem, em edição-extra do Diário Oficial, 235 profissionais do Imesf foram convocados para unidades de saúde da Capital. A ação visa garantir atendimento nesta terça-feira. Você também precisa saber Desperdício de recursos públicos – O Governo do Estado terá que ressarcir a União em 1,21 milhão de reais, valor repassado em 2012 para a construção do Teatro da OSPA. O sonho de construir a sede própria da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, em um terreno na Avenida Loureiro da Silva, foi firmado por um convênio na gestão de Tarso Genro (PT). Mas a obra, orçada em mais de 23,86 milhões de reais (dos quais o Estado só pagaria 4,77 milhões de reais), ficou só nas fundações e acabou descartada no governo Sartori (MDB), que preferiu […]

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