Caderno de viagens
Caravela, 2015. Antonio Villeroy
No diário de bordo da viagem em que descortinaria a América para os europeus, Cristóvão Colombo escreveu que ocultava para a tripulação da caravela Santa Maria as verdadeiras distâncias que haviam percorrido, relatando sempre percursos menores, pois os marujos temiam afastar-se em demasia da Europa e virem a despencar no precipício onde findava a terra plana.
Quem estudava em Sagres, ou tivesse lido e compreendido os escritos e medições dos filósofos gregos Anaximandro, Eratóstenes e Aristóteles, sabia do formato esférico do planeta.
Hoje, 2,5 milênios após os estudos mais antigos, e com toda a tecnologia a seu dispor, há quem pense como os marinheiros de Colombo, e ainda propague essas estultices através dos satélites que circundam a órbita terrestre e sem os quais não manteriam em atividade seus ignaros grupos de whatsapp.
O óbvio não ulula, não grita, não uiva, para quem também não percebe a esfericidade da lua!
Parêntese
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