O mundo ou o mundo segundo José Falero, Parte 4 – As desculpas
“Tu não vai me calar.”
Não, não, ela estava exagerando. Eu não estava tentando calá-la, eu queria apenas que ela permanecesse quieta para que o clima no ambiente não ficasse ainda mais pesado. Havia algo de errado em eu tomar a voz de todos que estavam ali e pedir para que ela tivesse bom senso? Era tão errado assim? Nossa, por que ela era uma pessoa tão estressada? Por que ser uma pessoa barraqueira se é possível resolver as coisas com bom senso? Não, as coisas não mudavam seus cursos naturais por causa de nossas bravatas. Qual era o problema com aquela pessoa? Na certa também havia uma imensa vontade de ser o centro das atenções.
Ela se virou para frente e continuou murmurando:
“Só o que me falta uma coisa dessas, agora vem qualquer um aqui e fica pedindo pra eu me calar. Eu não vou me calar não, eu vou ficar é reclamando, onde já se viu uma coisa dessas?”