Crônica

O que não tem nome

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O que não tem nome

A dor segue sustentando a presença – insistente e ainda crescente – de farmácias por toda a parte. Os analgésicos e os psicofármacos lideram as vendas, mesmo diante das apelativas prateleiras de maquiagem, itens de alimentação saudável e higiene. Horários de atendimento já foram estendidos, há inúmeras possibilidades de compra e entrega dos produtos, as dificuldades de encontrar algo diminuem dia a dia. Persiste uma guerra por clientes a partir de promoções e descontos, chamada de competitividade. Aparentemente, tudo indica que as dores estão quase sob controle.

O que dói? Costas, cabeça, ciático, quadril, ouvido, mão. Ondas de dor, dores sempre, dores que vem e vão, dores que somem de uma hora para outra. Quando é uma parte do corpo que grita e pede socorro, há uma investigação ou um combate direto, via cremes, sprays, comprimidos, para que o que pulsa volte a silenciar. Os órgãos têm uma afinidade com o dono do corpo, não negam sua filiação: tratam de conservar uma identidade entre seu manifesto e o significado que possuem para quem os sentem. Sem acasos, numa lógica própria, as partes que doem paralisam e interditam. Mas também avisam, alertam, rompem com o suposto controle alucinatório da vida.

[Continua...]

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