Parabéns para quem?
Na minha adolescência, era moda ter agenda. Às vezes, a gente marcava uma data de prova ou outro compromissos, mas ela servia mesmo para escrever sobre como tinha sido aquele dia, colar papel de bala ou adesivo e anotar o dia dos aniversários das pessoas. Eu anotava aniversário até de gente com quem eu mal falava. Parecia algo importante, saber quando alguém fazia aniversário e cumprimentar a pessoa no dia, caso a encontrasse ao vivo, já que não existia outra forma. Pegar o telefone fixo e fazer uma ligação seria considerado, no mínimo, estranho:
“-Alô.
-Alô, é o fulano?
-Ele mesmo.
-Oi, é a Carol.
-…
[Continua...]