Antes que nos tornemos alienígenas
Estamos vivendo um período de transição climática. Ainda que isso seja algo que consigamos compreender, isso não quer dizer que sejamos capazes de conceber o mundo em que viveremos, ou no qual a próxima geração viverá. “Mudanças climáticas” é uma expressão evidente. Mas o que, afinal, muda? A complexidade dessas mudanças nos leva frequentemente a nos concentrarmos em apenas um dos muitos acontecimentos que a compõem.
O aquecimento global é um desses acontecimentos do qual muitos de nós já ouvimos falar e que sugere rapidamente à imaginação cenários como estações mais quentes, talvez episódios de seca mais frequentes ou longos ou, ainda, a elevação do nível dos oceanos. O que não aparece de imediato à imaginação é o fato de que o aquecimento global, assim como outros aspectos da mudança climática, significa a perturbação das próprias condições de habitabilidade terrestre e, por conseguinte, o rompimento da malha que sustenta a vida na Terra tal como a conhecemos e experienciamos. Mais do que isso, enquanto humanos mal começam a coletivamente reconhecer os efeitos das alterações ambientais em seus modos de vida, milhares de espécies foram extintas, e aquelas que persistem tiveram suas populações reduzidas drasticamente.
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Parêntese
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