Enquete

Os mais importantes romances brasileiros no século XXI

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Os mais importantes romances brasileiros no século XXI K - Relato de uma busca, de Bernardo Kucinski, foi o livro mais votado

Não é nada, não é nada – fechamos já duas décadas no novo século. Nós, nascidos no século passado, cá estamos, agora quase sem perceber que virou esse calendário antes tão impressionante.

Parêntese resolveu fazer uma sondagem entre leitores: quais seriam, na visão deles, os três mais importantes livros de ficção escritos por brasileiros nesses últimos 20 anos? 

Mais de cem pessoas nos responderam. E aqui vai o resultado. Um retrato, entre outros possíveis, da recepção, por parte de bons leitores, dessa impressionante massa de bons, ótimos e excelentes romances e contos produzidos em português por brasileiros. 

A enquete rolou entre o final de outubro e o começo de novembro, para festejar a passagem de seu primeiro aniversário. Nesta edição, vamos mostrar resultados com títulos de livros, nomes de autores e algumas indicações do perfil dos votantes. Vamos constatar muita variedade de títulos e uma concentração editorial impressionante.

O Futuro Chegou

Antes do ano 2000, as fantasias sobre o século XXI eram muitas e variadas. Sem ir muito longe, basta lembrar o filme 2001 – Uma odisseia no espaço. O filme de Stanley Kubrick foi lançado em 1968, aquele ano que, para alguns, não terminou. Lá e então, a imaginação humana se incendiava com o futuro. Em 68, estava no auge a corrida espacial, como se chamava a disputa entre os EUA e a então URSS pela conquista da Lua. Em meados do ano seguinte foi que a Apollo 11 chegou lá. Uma odisseia moderna.

Também em 68, esse ano de aspecto cabalístico, os Mutantes gravaram, de Rita Lee e Tom Zé, a fusão rock+música caipira chamada, justamente, 2001 – “Astronauta libertado, minha vida me ultrapassa em qualquer rota que eu faça. Dei um grito no escuro, sou parceiro do futuro na reluzente galáxia”. A vertigem do novo século era cantada como uma conquista. 

Pois a Lua foi pisada, em 69, e meio que perdeu o encanto a ideia de colonizar o espaço. Mandamos telescópio para pontos muito mais remotos do espaço. A URSS deixou de existir. Viramos século e milênio e, muito bem, já vamos entrar na terceira década do século XXI.

Curiosamente, naquele ano do filme e da canção rolava um debate, agora esquisito, sobre o que parecia ser a crise do romance. Parecia a muitos que o romance, a forma artística chamada romance, estava perdendo força, e talvez estivesse morrendo. Adorno, o filósofo da negatividade, anos antes já havia dito algo assim apocalíptico – não era mais possível fazer uma narração, mas não havia ainda outra alternativa para relatar a experiência na literatura.

Passou 68, passou a fissura na Lua e a herança desse debate apocalíptico parece agora um passo em falso: estamos vendo uma impressionante quantidade de romances sendo produzidos, com uma ótima qualidade em muitíssimos casos. 

O Brasil já contava com uma impressionante geração de romancistas, aquela dos anos 1930 a 1960, os Graciliano, Dyonélio, Lins do Rego, Rachel de Queirós, Erico Verissimo, Jorge Amado e uma penca de outros. Pois agora, anos 2000, é muito provável que estejamos testemunhas do nascimento e da consolidação de uma nova safra de grandes narradores, especialmente romancistas. 

Um defeito de cor – Ana Maria Gonçalves teve 10 votos e foi o segundo da lista

O processo começou com a produção de uma pergunta simples e direta: quais os três mais importantes livros de ficção brasileiros do século XXI? 

Valia romance, livro de contos e graphic-novels. Ficavam de fora da pesquisa, então, a poesia, o texto dramático, a crônica, o ensaio e outros gêneros; ficavam também de fora livros não-brasileiros e quaisquer livros publicados antes de 2000. 

Foram convidados a votar, primeiro, leitores das relações dos que produzem a revista – juntamos emails e whatsapps para mandar a pergunta pelos três títulos. O número total de convidados rondou os 200 – como dá para ver, não se trata aqui de um censo ou de qualquer outro levantamento sistemático de votos, mas de uma enquete, uma tomada de temperatura feita em certo momento. O ponto central é que os convidados podem ser considerados leitores.

Não leitores profissionais apenas. Há entre os votantes críticos literários, tradutores, professores e estudantes de literatura, mas há talvez uns 50% de pessoas dedicadas a outros ofícios, alguns tipicamente letrados (historiadores, sociólogos, juristas), e outros de outras naturezas. O ponto que os nivela a todos é o de serem leitores.

Metade dos consultados não votou. Alguns declinaram explicitamente de responder à pergunta por julgarem-se pouco habilitados: não haviam lido grande quantidade, pediam desculpas. Sempre que foi possível, a produção da enquete ponderou que não se tratava de uma avaliação tão minuciosa assim: a ideia era justamente sondar a opinião para ver que livros e que autores de alguma forma marcaram a leitura e portanto se credenciam a representar nosso tempo, nossa experiência.

Num segundo movimento, colocamos o mesmo convite, para mencionar três marcantes livros de ficção do novo século, numa edição da newsletter Matinal, irmã da Parêntese. A resposta foi fraca: apenas cinco leitores foram ao site para votar. Por quê? Talvez tenha havido alguma inépcia nossa, de fazer a pergunta tão abruptamente; talvez timidez e autocrítica excessiva do leitor; talvez isso e mais algo que nos escapa.

O resultado geral: houve 105 votantes. Cada um podia apontar até três títulos. Alguns não votaram em três, mas em dois e até em um só. Precisamos impugnar uns votos, porque incidiram em alguma das possibilidades negativas acima mencionadas – houve votos para a obra poética de Adélia Prado, para a simpática Bíblia do caos, de Millôr Fernandes, etc. 

Eles eram muitos cavalos, de Luiz Ruffato recebeu 9 votos

Dispersão

Feitas as exclusões dos títulos e autores inadequados ao objeto da enquete, resultaram 268 votos válidos (poderiam ter sido até 315, três vezes 105). No total, foram citados os nomes de 89 diferentes escritores (veja lista adiante). Praticamente 3 votos por escritor, na média geral. Cinquenta desses autores foram mencionados apenas uma vez. Uma enorme dispersão dos votos. Algo a estranhar? 

Não, justamente porque estamos lidando com atualidade, que envolve uma imensa quantidade de nomes, todos eles vivos, nenhum portanto com obra concluída, todos eles de algum modo disputando a atenção do leitorado. 

O universo de 268 votos mencionou nada menos que 120 títulos (com poucos livros de contos, de Sérgio Sant’Anna, Rubem Fonseca, Lília Guerra, Conceição Evaristo, Natalia Borges Polesso, Marcelino Freire, Amilcar Bettega Barbosa e Antônio Carlos Viana, e nenhuma graphic-novel), uma dispersão maior ainda que aquela relativa aos autores. Desses 120 títulos, 79 tiveram apenas um voto cada um: dispersão para ninguém botar defeito, com praticamente dois terços dos livros merecendo apenas um voto.

Sobre essa segunda dispersão, podemos dizer que resulta numa média geral de pouco mais de dois votos por título. Acima de dez votos, apenas dois títulos obtiveram: K – relato de uma busca, de Bernardo Kucinski, e Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves. 

(Ver adiante a lista completa dos títulos.)

Motivos

Ensaio de explicação para as duas fortes dispersões, ou, o que dá na mesma, para a relativa ausência de convergência dos votos: a regra geral, em arte, é esta mesmo – o tempo presente, o tempo dos contemporâneos, é um campo de disputa aberta. Mas ao longo dos anos, bem ao contrário: poucos nomes são fixados na memória ativa dos leitores, porque a obra se mostra mais capaz de encantar, porque é lida como representativa de sua época, porque a crítica a consagrou, porque essa obra entrou no circuito escolar e universitário. 

Ainda mais se explica o fenômeno porque hoje há uma intensa pulverização da produção editorial. Certo, ainda existem editoras “majors”, que dominam o mercado. Mas não se pode esquecer que os meios de produzir livros estão hoje mais disseminados do que jamais antes. Em Porto Alegre, há umas duas dezenas de editoras de literatura ativas, de todos os tamanhos – em ordem alfabética, AGE, AMALivros, Ardotempo, Artes e Ecos, Artes e Ofícios, BesouroBox, Bestiário/Class, Diadorim, Dublinense/Não Editora, Figura de Linguagem, L&PM, Libretos, Martins Livreiro, Metamorfose, Movimento, Projeto, Sulina, TAG, Taverna, Zouk, 8Inverso, se não esquecemos alguma.

(Há muitas outras, especializadas em outras áreas que não a ficção, como Arquipélago, Editora da PUC, Editora da UFRGS, EST, Evangraf, Grupo A, o IEL, Leitura XXI, Magister, Mediação, Rígel, Suliani, Tomo. E sem falar nas editoras do interior do estado, em Caxias do Sul, Santa Cruz, Santa Maria, Pelotas, Rio Grande, Passo Fundo. O Rio Grande do Sul acredita em livros, pode crer!)

Bernardo Carvalho e Julián Fuks, autores entre os mais votados, são editados em São Paulo

Concentração

Feitas outras contas, porém, alguns números impõem a marca da concentração. Extraordinária concentração. 

Dividindo os livros pelas cidades-sede das editoras, o resultado é acachapante: 79 dos 120 livros saíram de São Paulo, a capital. Isso significa 65% de todo o conjunto. O Rio de Janeiro foi berço de 29 dos títulos (24%), Porto Alegre de 8 (uns 7%). Belo Horizonte deu dois livros à luz, Lisboa um e Bagé, a cidade gaúcha onde nasceu o imaginário Analista do Luis Fernando Verissimo, também um.

Quais os motivos dessa concentração? Numa primeira abordagem, pode-se deduzir que as editoras paulistanas sejam mais ágeis e atentas na captação de boas obras; numa segunda abordagem, naturalmente lembraremos que o estado de São Paulo concentra quase um terço do PIB brasileiro. 

Números do IBGE: em 2017, a cidade de São Paulo, a cidade e não o estado, produz 10,6% do PIB brasileiro, e o segundo lugar fica com a cidade do Rio de Janeiro, com 5,1% do total. O estado paulista, em 2018, participou com 31,8% do PIB. (O Rio com 10,8%, Minas com 8,8%, o Rio Grande do Sul com 6,5% — para completar a lista dos estados envolvidos nesta estatística.)

Concentração dentro da concentração: apenas uma editora, a Cia. das Letras, comparece com 42 títulos na lista de editoras. Mais de um terço: 35%. A segunda editora em volume de títulos é a carioca Record, com 12. Depois, a Alfaguara, que de resto pertence ao mesmo controlador da Cia. das Letras, com 7 títulos. A finada Cosacnaify, que encerrou as atividades em 2015, tem 6 títulos. Depois, com mais de um título, apenas a 34, Rocco, Planeta, Todavia, Patuá, Intrínseca, Iluminuras, Objetiva, Malê e a única gaúcha desse grupo, a Não Editora.

Em matéria de localização das editoras, uma fica em Lisboa, duas em Belo Horizonte, Minas Gerais, e outras 9 no Rio Grande do Sul. O restante se divide entre São Paulo, a maioria, e Rio de Janeiro. 

O total de selos editoriais é de 35; deles, 19 aparecem na lista com apenas um título – em percentual, 54% das editoras. 

Outra conta de interesse para avaliar a concentração: dos 120 títulos, apenas 41 tiveram dois votos ou mais. Quase exatamente um terço, contra os outros dois terços, que tiveram apenas uma menção. Examinando mais de perto esses 41, o terço mais votado, os números mais uma vez revelam concentração: são 32 de editoras de São Paulo, 8 do Rio e um de Porto Alegre. São 78% de livros vindos ao mundo em editora paulistana. 

Desse grupo ainda, uma conta por editora: Cia. das Letras, 20 títulos, ou 50% do terço superior. Depois aparecem a Record com 5; a Pallas com 3 (todos eles de uma autora, Conceição Evaristo); a Cosac com 2; a Alfaguara com outros 2; e Boitempo, Todavia, Não, Nós, Planeta, 34 e Objetiva com um cada.

Chico Buarque está na lista de eleitos com duas de suas obras

OS Eleitores

Fizemos cinco perguntas para qualificar os votantes. Qual o estado (ou país) natal, qual o estado (ou país) em que vive, qual a faixa etária, o gênero com que se identifica e sua declaração de identidade étnico-racial. 

Em grandes números: dos 105 votantes, quanto à origem, 73 nasceram no Rio Grande do Sul, 28 em outros estados brasileiros e 4 fora do país. Ou quase 70% de gaúchos e 27% de brasileiros não-gaúchos, mais 3% de estrangeiros.

Quanto à residência, 76 vivem no estado sulino, 25 em outros estados brasileiros e 3 em outros países. Ou pouco mais de 72% de gaúchos, 24% em outros estados e o restante no exterior. 

Quanto à faixa etária, definimos previamente quatro faixas. Até 30 anos, 4,8%; entre 31 e 50 anos, a maior proporção, com 47,6%; de 51 a 70 anos, outros 37,1%; e acima de 70 anos, 10,5%. Em suma, um leitor maduro ou muito maduro de idade.

Em matéria de identificação étnico-racial, uma esmagadora maioria branca: 84,8%. O contingente seguinte é de 7,6% para negros. As demais identidades se diluem em categorias ultraminoritárias – pardos são 2%, pardo branco (sic) 1%, mesmo número de indígena, brasileiro e catalão. Um por cento declarou não saber e outro um por cento não quis declarar.

Quanto a gênero, um relativo equilíbrio: 56,2% de homens, 43,8% de mulheres. 

Com isso, a manchete inteira indicaria um colégio eleitoral gaúcho (em três quartos), acima de 30 anos (95%), branco (quase 85%) e dividido entre homens e mulheres. 

Esse grupo de gente leu livros basicamente paulistas (dois terços dos títulos), a maior parte dos quais de uma editora apenas (Cia. das Letras, 35% do total de títulos mencionados). A leitura, portanto, nada tem de localista ou regionalista.

Títulos 

Como já dissemos antes, apenas dois títulos tiveram mais de dez votos: K – Relato de uma busca, de Bernardo Kucinski e Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves. São dois poderosos romances de acerto de contas: Bernardo Kucinski relata a busca por uma desaparecida pelo regime militar, Ana Maria Gonçalves repassa a trajetória de uma mulher africana escravizada e trazida para o Brasil. O romance continua empenhado, continua fazendo o Brasil — ao menos assim disseram os leitores da enquete.

Se agregarmos um segundo grupo, o dos romances que tiveram entre 6 e 9 votos, o espectro se amplia. Nove votos tiveram Cinzas do Norte, de Milton Hatoum, e 

Eles eram muitos cavalos, de Luiz Ruffato. Pensando pelo mesmo paradigma do empenho da literatura em questões de relevo para o país, Hatoum revela o mundo do Norte brasileiro, da Amazônia, tão pouco presente no horizonte da cultura letrada brasileira, em um romance cuja força está também na memória, que repassa a trajetória de um filho sem pai e de um pai sem o filho que desejava ter. Já o livro do Ruffato, um marco em sua carreira, mescla intenso experimentalismo formal com uma verve crítica aguda, para dar notícia da megalópole brasileira, São Paulo. Oito votos teve um best-seller recente, O filho eterno, de Cristovão Tezza. Trata-se de um livro relativamente distinto da bem-sucedida carreira do romancista, que neste caso praticou o que vem de ser chamado autoficção, repassando sua experiência pessoal de ser pai de um filho com síndrome de Down para construir um relato que, para além desse tema, examina a trajetória de sua geração.

Com sete votos aparecem as primeiras escritoras: Tatiana Levy com A chave da casa, romance de estrutura múltipla, dando conta de quatro planos paralelos que têm no centro a busca pela origem familiar da protagonista, e Conceição Evaristo com Olhos d’água, uma coletânea de quinze histórias de gente negra, pobre, sofredora, que a escritora desenha com carinho e altivez, com a postulação de uma ancestralidade que está perdida mas pode ser reconvocada. Bernardo Carvalho e seu Nove noites entram aqui, com esse romance de aspecto histórico e temperamento ensaístico, que repassa a vida de um antropólogo que se suicidou, em 1939, no Brasil amazônico profundo. Milton Hatoum retorna ao placar, com seu talvez mais famoso livro, Dois irmãos, uma saga familiar em que a herança árabe dos personagens entra em conta forte.

Com seis votos cada, um conjunto de grandes romances e um marcante livro de contos, este de Natalia Borges Polesso, Amora. Romance político como A resistência, de Julián Fuks, dois romances com centro na reflexão sobre a condição negra, em Ponciá Vicêncio, de Conceição Evaristo, e no flamante O avesso da pele, de Jeferson Tenório, um caso raro de sucesso fulminante (e merecido) de opinião e vendas. Um romance com certa veia pop, mas com dramaticidade forte, Barba ensopada de sangue, de Daniel Galera, e dois de um raro gênio da cultura letrada brasileira, Chico Buarque, o enigmático Budapeste e o por assim dizer histórico Leite derramado.

(A lista completa dos votos por livro está aqui).

Os Autores

Foram mencionados 89 autores, 50 dos quais merecendo apenas uma citação. Em matéria de gênero, são 29 escritoras para 60 escritores, numa proporção de uma para dois – que pode ser ainda baixa para a presença feminina, mas é certamente muito maior do que jamais foi antes. 

São 15 escritores negros, menos de 20%, uma disparidade grande, mas, de novo, se trata de uma presença muitíssimo maior do que jamais se verificou na literatura brasileira. (Não há, salvo engano, nenhum escritor autoidentificado como indígena na lista.)

Aproveitando os grandes números para confirmar o não-localismo dos votos: com uns 75% de eleitores nascidos ou vivendo no Rio Grande do Sul, foram 25 os escritores gaúchos da lista, menos de 30%. Do total de 268 votos, apenas 71 se dirigiram a livros de escritores gaúchos, pouco mais de um quarto do total.

Entre os mais votados, mais de dez menções, um time seleto que merece ser pensado. Duas mulheres, ambas afrodescendentes: Ana Maria Gonçalves, autora de apenas um livro de sucesso, o extraordinário Um defeito de cor (10 votos), e Conceição Evaristo (com 16), autora de obra ampla, que alcançou notoriedade apenas nos últimos anos, após uma carreira de décadas mas praticamente invisível para o topo do mundo das letras no país. 

O mais votado, na soma das menções a seus livros, foi Milton Hatoum (17 votos). Depois vem Conceição Evaristo e depois Chico Buarque, também com uma estrada longa de trabalhos, há mais de meio século na canção, com obra teatral de relevo e, há mais de duas décadas, com romances de impressionante força. 

Bernardo Kucinski, como dito acima, teve seu K – o relato de uma busca consagrado como o livro mais votado, com 12 menções, mesmo número de Luiz Ruffato, autor de uma coleção significativa de romances, contos e outros tipos de texto, tendo no centro uma pentalogia, obra de necessário fôlego, o Inferno provisório

Com oito votos aparecem Daniel Galera, Michel Laub, Bernardo Carvalho e Cristóvão Tezza. Com sete, Julián Fuks, Jeferson Tenório e Tatiana Levy. Com seis, Natalia Borges Polesso e Paulo Scott. 

Levando em conta o total da lista de autores, dá a impressão de faltarem poucos nomes entre os votados, levando em conta a melhor produção romanesca e contística das gerações mais recentes. Fernando Bonassi e Joca Reiners Terron chamam a atenção por não terem sido lembrados. 

(A lista dos votos por autor está aqui)

Obras de Conceição Evaristo, a escritora com mais votos depois de Miltom Hatoum
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