Entrevista

Ronald Augusto – Poesia a sério

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Ronald Augusto – Poesia a sério Ronald Augusto (Foto: Santiago Fontoura)

Nesta Feira que acaba de acabar, Ronald Augusto teve destaque grande, que se expressou em dois lançamentos, ambos pelo Instituto Estadual do Livro: uma antologia de sua obra poética (130 poemas) e uma coletânea de ensaio sobre Oliveira Silveira em que ele atuou como organizador (Oliveira Silveira – Breve fortuna crítico-afetiva). São duas faces de sua atuação como escritor, a de poeta e a de crítica. Figura destacada na cena poética na cidade e em sua geração, Ronald respondeu a algumas perguntas sobre sua carreira e sua poesia.

1. Uma antologia aos 61 anos de idade deve ter um peso grande, por ser uma revisão de percurso já largo. Como foi organizá-la? Fácil? Difícil?

Os 61 anos é que são relativamente pesados. Essa antologia, a primeira que faço, foi um trabalho bem tranquilo de ser realizado. Sou bastante relaxado com essa coisa de ter uma imagem ou um nome a zelar. Não levo a sério a ideia de obra, nem a fidelidade aos significados, seja no que tange a esse ou aquele poema realizado, seja no que diz respeito ao que o sistema literário supostamente espera ou cobra de mim. Quando fiquei sabendo que meu nome havia sido escolhido para fazer parte dessa coleção do IEL dedicada a autores negros, me dei conta de que eu não tinha mais nenhum livro inédito (de poemas) na gaveta. Então a solução foi organizar uma antologia. A antologia é despretensiosa, fui folheando meus livros e separando poemas a partir do critério da diversidade de projetos de linguagem ou das múltiplas experiências discursivas que tenho realizado.  Não são os melhores – nem os piores – poemas que escrevi. 

2. Esta antologia cobre a tua produção impressa apenas a partir de 2004, ficando de fora o material dos anos 1980 e 1990. Por quê? 

Apenas porque a produção dos anos 1980 e 1990 está enfeixada no livro Cair de costas (2012).

3. Na tua geração de poetas, foi meio inevitável lidar com duas forças, creio: uma, o poema breve, personificado talvez na produção da dita “Geração mimeógrafo”, muitas vezes em busca ou do sorriso do leitor no poema-piada; a outra, a força da canção popular, que absorveu uma parte considerável da energia criativa do campo poético. Faz sentido para ti essa equação? Como foi lidar com isso, no teu percurso formativo? Que saídas a tua poesia foi encontrando?

[Continua...]

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