1923: O hotel de Horácio Carvalho transforma-se no Majestic Hotel
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1923: O hotel de Horácio Carvalho transforma-se no Majestic Hotel – História
O prédio da atual Casa de Cultura Mário Quintana foi projetado por Theo Wiederspahn para o hotel de Horácio Carvalho. Era para ter duas alas, mas por veto de José Montaury, prefeito, foi prontificado em 1918 com apenas uma delas: a parte leste, com frente para a rua dos Andradas. Em 1923 o estabelecimento foi adquirido pelos irmãos Masgran que o inauguraram com o nome de Majestic Hotel. A partir de 1927 teve sua ampliação autorizada, sendo re-inaugurado em 1929. A partir de então, “com seus 300 quartos, alguns apartamentos especiais para famílias e salão de refeições para 600 pessoas (…) começou sua fase áurea, tendo como rival apenas o Grande Hotel que, sem dúvida, absorvia clientela mais proeminente” (LEÃO, Silvia Lopes Carneiro. Os antigos hotéis de Porto Alegre. Porto Alegre, Revista ARQtextos, UFRGS, 2000, p. 9).
O Grande Hotel, reformado e inaugurado em 1919, e o Majestic Hotel, por seu porte e excelência de atendimento e instalações, inserem-se na lógica da formidável expansão econômica, demográfica, urbana, cultural e recreativa da cidade nas duas primeiras décadas do séc. XX. De 73.647 habitantes, em 1900, passou para 179.263, em 1920. Um aumento de 143,4%. Não era um desenvolvimento uniforme. Nem geográfica nem socialmente. Mas não resta dúvida que a zona central da cidade, para a burguesia endinheirada e para as oligarquias agrárias de passagem ou que nela vinham se fixar, se transformava num lugar mais atraente que a Porto Alegre imperial oferecia. Um lugar de elegância e até de um certo glamour, entremeado (as tomadas de rua revelam isso) de muitos semivestidos e semidescalços. E, aparentemente, semirresignados.
O Grande hotel e o Majestic – Representações
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