Memória

1938-40 – Porto Alegre e seus edifícios-quarteirões

Change Size Text
1938-40 –  Porto Alegre e seus edifícios-quarteirões
PORTO ALEGRE 251 ANOS 1938-40 – Porto Alegre e seus edifícios-quarteirões – História Entre 1938 e 1940 foram planejados, e executados, três importantes edifícios da cidade de Porto Alegre. O edifício Sulacap (1938-49), o Palácio do Comércio (1937-40) e o edifício União, anunciado em 1940 (Fig. 2), projetado em 1943 e concluído em 1952. Todos com pelo menos uma fachada de quarteirão inteiro, o que quebrava a quase bicentenária medida dos lotes construídos no centro da cidade. Além da verticalização (em curso desde os anos 1920), o gigantismo arquitetônico de uma Porto Alegre que, no mínimo, queria se equiparar a Montevidéu e, no máximo, lembrar um pouco Chicago. Aquela Chicago dos arquitetos alemães que, desde o final do séc. XIX, estavam apresentando ao mundo a moderna arquitetura alemã (não confundir com modernista). O Sulacap e o União foram projetados por Arnaldo Gladosch (S.Paulo, 1903 –1964). Um personagem e tanto. Primeiro mal recebido porque pensavam que era alemão. Depois vilipendiado porque achavam que o que ele fazia (o projeto da drenagem do Dilúvio e os Planos Diretores da Cidade, de 1938 a 1943) os daqui também podiam fazer e porque sua arquitetura era … “nazista”. Depois desvanecido porque não merecia estar ao lado dos corbusianos de plantão. E afinal reabilitado por gente com robustez e independência intelectual como Anna Paula Moura Canez (Arnaldo Gladosch, o edifício e a metrópole. Tese de doutoramento. Porto Alegre: UFRGS/Arquitetura, 2006) e suas pesquisas sobre a sua formação, vida, obra e os mal-entendidos acima referidos. O Palácio do Comércio foi projetado por José Lutzemberger (Altötting, Alemanha, 1882 – P. Alegre, 1951), artista plástico, professor no Instituto de Artes e arquiteto de prédios até então com menor orçamento. Talvez por isso menos alvejado que Gladosh.   Os edifícios Sulacap, União e Palácio do Comércio – Representações A arquitetura do edifício Sulacap parece que não tem comovido muito os nossos artistas plásticos. Diferentemente de cinegrafistas como Gilberto Perin, de cujo curta O resto é silêncio, da série 5xÉrico, escolhe-se aqui duas tomadas (Fig. 1) inspiradas livremente no livro do mesmo nome (há quem sustente que a cena foi pensada por Érico como ocorrida no Edifício Imperial), filmadas com a fachada do Sulacap como cenário. Do edifício União, escolhe-se aqui uma foto do anúncio de sua construção, a qual melhor informa sobre o possível impacto que sua edificação possa ter representado  na época. O famoso “antes” e “depois” (Fig. 2). Assim como a aquarela de Ernst Zeuner, um dos poucos que escolheu o edifício União como índice da Vida na Cidade (Fig. 3). Do Palácio do Comércio restam as aquarelas e desenhos que o próprio Lutzenberger, meticuloso como era, produziu de punho próprio (Fig. 4). Algumas delas conservadas na Hemeroteca Barão de Santo Ângelo, do Instituto de Artes, onde foi professor (Fig. 5). Fig. 1 – Tomadas do curta O Resto é Silêncio, da série 5xÉrico. Direção geral de Gilberto Perin. Manaus: Videolar, 2005. Tirado de: CANEZ, Anna Paula Moura. Arnaldo Gladosch, o edifício e a metrópole. Tese de doutoramento. […]

Quer ter acesso ao conteúdo exclusivo?

Assine o Premium

Você também pode experimentar nossas newsletters por 15 dias!

Experimente grátis as newsletters do Grupo Matinal!

RELACIONADAS
ASSINE O PLANO ANUAL E GANHE UM EXEMPLAR DA PARÊNTESE TRI 1
ASSINE O PLANO ANUAL E GANHE UM EXEMPLAR DA PARÊNTESE TRI 1

Esqueceu sua senha?

ASSINE E GANHE UMA EDIÇÃO HISTÓRICA DA REVISTA PARÊNTESE.
ASSINE E GANHE UMA EDIÇÃO HISTÓRICA DA REVISTA PARÊNTESE.