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46 cenas para o longa-metragem Realejo de Vida e Morte

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46 cenas para o longa-metragem Realejo de Vida e Morte

LIVRO | Realejo de Vida e Morte, de Jocy de Oliveira

Foto: Relicário/Divulgação

Sétimo livro da autora, compositora e artista multimídia Jocy de Oliveira, Realejo de Vida e Morte (Relicário, 240 páginas, R$ 76,40) reúne uma série de conteúdos criados a partir do romance Realejo dos Mundos, da escritora Adriana Lisboa. A partir de um conceito de criação circular, o belo livro de arte compila o roteiro de Jocy, composto de 46 cenas para o longa-metragem Realejo de Vida e Morte, atualmente em fase de produção e captação, com lançamento previsto para 2024; uma profusão de fotos da estreia do trabalho em versão multimídia no teatro do SESC Pompeia, em São Paulo, em 2022; 14 partituras musicais para o futuro filme; QR codes para o leitor ouvir a música simultaneamente com a leitura do roteiro; e o romance de Adriana que inspirou a história criada por Jocy.

A história se passa em um futuro distópico, mas repleto de reminiscências. É como um círculo que se fecha e se retroalimenta: no romance Realejo dos Mundos – cujo título é homônimo da peça multimídia de Jocy de Oliveira de 1987, que levou mais de 20 mil pessoas ao Estádio de Remo da Lagoa, no Rio de Janeiro –, Adriana Lisboa narra em linguagem poética a influência da música e das criações de Jocy na sua formação. Jocy, por sua vez, criou seu roteiro em uma livre adaptação do texto de Adriana.


LIVRO | Instituições psicanalíticas: às margens do impossível, vários autores 

Foto: Editora APPOA/Divulgação

Quando a Associação Psicanalítica de Porto Alegre (APPOA) completou 30 anos em 2019, seus associados revisitaram as interrogações e discussões que deram origem à instituição. Dessa reflexão surgiram os textos de Instituições psicanalíticas: às margens do impossível (Editora APPOA, 374 páginas, R$ 66), livro que será lançado neste sábado (15/4), às 16h, na Livraria Parelelo 30, em Porto Alegre. Além da sessão de autógrafos, haverá uma mesa de apresentação com a participação de Maria Ângela Brasil – que assina o prefácio da obra –, Bárbara Conte e Roséli Cabistani.

Entre os temas abordados estão questionamentos sobre o lugar de uma instituição psicanalítica nos tempos atuais, sua função na formação dos psicanalistas e seu papel na sustentação da prática clínica e da ética da psicanálise, além dos enlaces entre a psicanálise, a cultura e a pólis. O volume reúne textos de diversos autores, contando inclusive com escritos de autoria coletiva, de comissões institucionais de trabalho e de movimentos e articulações sociais apoiados por psicanalistas.


LIVRO | O que aconteceu após Nora deixar a Casa de Bonecas ou Pilares das Sociedades, de Elfriede Jelinek

Foto: Temporal/Divulgação

Peça escrita em 1979 pela romancista, ensaísta e dramaturga austríaca Elfriede Jelinek, O que aconteceu após Nora deixar a Casa de Bonecas ou Pilares das Sociedades (Temporal, tradução de Angélica Neri, Gisele Eberspächer, Luiz Abdala Jr. e Ruth Bohunovsky, 192 páginas, R$ 68) começa exatamente no ponto em que termina Casa de Bonecas, escrita pelo dramaturgo norueguês Henrik Ibsen (1828 – 1906) cem anos antes. Protagonista de ambas as peças, Nora aparece em Ibsen como uma figura feminina aparentemente bem enquadrada na sociedade patriarcal e que, no entanto, se liberta pouco a pouco de sua condição submissa, deixando a casa onde morava e abandonando marido e filhos.

Já a peça de Jelinek, vencedora do Nobel de Literatura de 2004, tem início no momento em que Nora inicia sua trajetória como mulher emancipada, mas nem por isso livre das estruturas de dominação que a assujeitam, seja em virtude de sua condição de operária de fábrica, seja em seu novo casamento com o Cônsul Weygang – empresário avarento e calculista que a autora foi buscar entre os personagens de outra peça de Ibsen, Os Pilares da Sociedade –, ou ainda pelas pressões econômicas que a desafiam continuamente em sua busca pela realização pessoal.

O argumento dessa obra, concebida como um drama secundário, nasce de um interesse que sempre moveu a atividade criadora de Elfriede Jelinek: resgatar figuras femininas, reais ou literárias, como forma de tematizar questões sociais profundas e complexas.

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