Recomendações

Recomendações da semana #51

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Recomendações da semana #51 O Cinema Independente Brasileiro Contemporâneo em 50 Filmes, de Marcelo Ikeda. Foto: Sulina/Divulgação

CINEMA

O Cinema Independente Brasileiro Contemporâneo em 50 Filmes | Marcelo Ikeda

O 10º livro publicado pelo crítico, curador Marcelo Ikeda, professor do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Ceará, prossegue suas pesquisas sobre o cinema contemporâneo brasileiro. O Cinema Independente Brasileiro Contemporâneo em 50 Filmes (Sulina, 175 páginas, R$ 27,92 na Feira) contém críticas de cinco dezenas de filmes brasileiros realizados a partir dos anos 2000. O trabalho não seleciona os principais sucessos de público e crítica desse período, preferindo destacar títulos de grande inventividade e ousadia estética que não são tão conhecidos do grande público. “Devido aos estrangulamentos dos canais de distribuição e de exibição, em que as salas de cinema e os canais de televisão e internet são dominados pelos filmes de maior poderio econômico, muitos dos mais estimulantes filmes brasileiros dos últimos anos permanecem desconhecidos do grande público”, afirma o autor.

De um lado, Ikeda selecionou filmes que apontam para uma nova geração do cinema brasileiro a partir de meados dos anos 2000, chamada por alguns críticos de “novíssimo cinema brasileiro”, com autores como Affonso Uchoa, Adirley Queirós, André Novais Oliveira, Gabriel Mascaro, Marcelo Pedroso, Juliana Rojas e Marco Dutra, entre outros. Mas, além desses nomes, Ikeda destaca nomes menos conhecidos, que circularam apenas em festivais de cinema e sequer foram lançados comercialmente em salas de cinema, analisando filmes como Pinta, de Jorge Alencar, Pulsações, de Manoela Ziggiatti, ou Aterro do Flamengo, de Alessandra Bergamaschi. “A proposta é que o leitor descubra outros filmes brasileiros que ele não conhecia”, explica Ikeda.

ENSAIO

O crush de Álvares de Azevedo | Jandiro Adriano Koch

O Crush de Álvares de Azevedo, de Jandiro Adriano Koch. Foto: Libretos/Divulgação
O Crush de Álvares de Azevedo,
de Jandiro Adriano Koch.
Foto: Libretos/Divulgação

Aproveitando que este é o último final de semana da 66ª Feira do Livro de Porto Alegre, vamos dar três dicas literárias aqui, ok? A primeira é o novo livro do escritor e historiador Jandiro Adriano Koch: o autor de Babá, esse depravado negro que amou acaba de lançar O crush de Álvares de Azevedo (Libretos, 152 páginas, R$ 32 – na Feira, R$ 25). Trata-se de mais uma obra de Jandiro na contracorrente do cânone literário que privilegia homens brancos heterossexuais. O pesquisador levanta questionamentos a respeito de luminares da literatura brasileira – como o fato de que nem todos são homens, brancos e, sobretudo, heterossexuais.

Apoiado em pesquisa em jornais, documentos e ensaios acadêmicos, Jandiro explica sua abordagem: “Fiquei inclinado a ver certa tensão afetivo-sexual no que a maioria deliberou ter sido amizade [entre o poeta Manuel Antônio Álvares de Azevedo (1831 – 1852) e o porto-alegrense Luiz Antônio da Silva Nunes (1830 – 1911)], termo utilizado pelos dois para comentar o que sentiam mutuamente. Tanto me dobrei, que flertei com o termo crush”.

QUADRINHOS

As Aventuras de Fabrício Bomtempo | Christian David e Ernani Cousandier

As Aventuras de Fabrício Bomtempo, de Christian David e Ernani Cousandier. Foto: Libretos e Physalis/Divulgação
As Aventuras de Fabrício Bomtempo,
de Christian David e Ernani Cousandier.
Foto: Libretos e Physalis/Divulgação

As editoras Libretos e Physalis lançam em parceria o primeiro volume da HQ As Aventuras de Fabrício Bomtempo (56 páginas, R$ 45), com roteiro de Christian David e desenhos de Ernani Cousandier. O livro acompanha a trajetória do protagonista, solitário espírito aventureiro que usa o humor e o amor para aliviar sua vida impossível.

A trama que deu origem a essa história em quadrinhos tinha a forma de uma novela fantástica juvenil. David pretendia lançá-la em um livro só com texto. No entanto, a partir do contato e da amizade com o desenhista na Feira do Livro de Bento Gonçalves de 2017 – David era o patrono, Cousandier foi o autor homenageado –, ficou claro para o escritor que o formato HQ era uma alternativa viável.

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