Observatório de Censura à Arte completa um ano com mais de 50 casos registrados
Plataforma que mapeia casos recentes de cerceamento a produções artísticas no Brasil, o Observatório de Censura à Arte completa 1 ano de atividades nesta quinta (10/9), chegando à marca de 51 obras censuradas desde o cancelamento da mostra Queermuseu.
O projeto é uma iniciativa do veículo porto-alegrense de jornalismo cultural Nonada – Jornalismo Travessia, que completa 10 anos também neste mês de setembro.
Entre as principais conclusões do relatório, que é atualizado mensalmente conforme novos casos são apurados, está a presença de obras e/ou artistas de todas as regiões de país entre as vítimas de censura. Em comum, as obras censuradas têm como temáticas a nudez, questões feministas, antirracistas e relativas à comunidade LGBT, além de críticas ao presidente Jair Bolsonaro.
O Observatório considera como censura obras que “visam alterar, modificar, silenciar e interditar manifestações de produção simbólica”, segundo os critérios da professora da USP Maria Cristina Castilho Costa. A iniciativa segue preceitos jornalísticos de apuração e checagem para a catalogação e continua recebendo denúncias.
O Observatório de Censura à Arte é o ponto de partida para o podcast Cartografias da Censura à Arte no Brasil, que estreia neste sábado (12/9) na plataforma Sesc Cultura Convida. Com roteiro, produção e apresentação dos editores do Observatório, os jornalistas Rafael Gloria e Thaís Seganfredo, o podcast abordará a história da censura no Brasil, em especial o período da ditadura cívico-militar.
Os dados podem ser conferidos no site censuranaarte.nonada.com.br