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Chuí e Chuy assistiram em cima da fronteira Brasil-Uruguai à pré-estreia do filme “A Superfície da Sombra” em abril de 2017

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Chuí e Chuy assistiram em cima da fronteira Brasil-Uruguai à pré-estreia do filme “A Superfície da Sombra” em abril de 2017
No dia 9 de abril de 2017, foi publicada na capa do Segundo Caderno de Zero Hora uma reportagem que fiz durante a primeira exibição pública de A Superfície da Sombra, exatamente na fronteira entre as cidades de Chuí e Chuy. Rodado na região limítrofe entre Brasil e Uruguai, o longa-metragem do cineasta Paulo Nascimento a partir da novela do escritor Tailor Diniz entra em cartaz no país nesta quinta-feira (31/5). Aqui vai o texto no qual reigistrei a inédita sessão doble chapa do filme: Chuí – Sentada na plateia montada no meio da avenida que divide Chuí do Chuy, a uruguaia Luciana Araujo esperava pelo início da sessão do filme ao lado da neta Bruna, menina brasileira de 10 anos. – Aqui somos assim, todos entreverados – justificou a avó falando sobre a dupla nacionalidade da parentela. A definição miscigenada pode se estender a toda aquela fronteira entre Brasil e Uruguai e também retrata com propriedade a pré-estreia do filme A Superfície da Sombra, realizada na sexta-feira à noite. Cerca de mil pessoas reuniram-se para assistir ao primeiro longa rodado na região, em uma estrutura ao ar livre binacional: a tela ficava no lado brasileiro da rua, o público sentava-se na parte uruguaia. O evento contou ainda com apresentações dos músicos uruguaios da Banda Municipal de Lascano e do grupo brasileiro de pop rock Kurtametragem. Anunciado como o primeiro filme totalmente falado em portunhol, a coprodução entre Brasil e Uruguai dirigida pelo gaúcho Paulo Nascimento é baseada no livro homônimo de Tailor Diniz. Na história, Tony (Leonardo Machado) é um sujeito solitário que viaja ao extremo sul do país para atender ao chamado de uma amiga que não vê há muitos anos e que precisa lhe contar algo importante. O produtor musical, porém, chega tarde demais: a mulher acaba de morrer – e a filha dela, a sensual jovem Blanca (Giovana Echeverria), é quem recebe o visitante em casa. Aos poucos, Tony vai tomando contato com os segredos e mistérios daquela comunidade cercada por um clima quase fantástico. A première “doble chapa” contou com as presenças do diretor, de integrantes da equipe técnica, do autor do romance e do casal protagonista, além dos atores Nelson Diniz, Sirmar Antunes, Simone Telecchi e Mariana Catalane. Já a audiência misturava crianças e adultos, jovens e idosos, que circulavam entre os vendedores ambulantes de comida e bebida e dançavam na frente do palco ao som das músicas tocadas antes do filme. Quando A Superfície da Sombra começou, a dispersão descontraída deu lugar primeiro à atenção para a projeção luminosa e depois ao orgulho: todos aplaudiam em cena aberta ao reconhecer na tela locações, ruas, cidadãos e até estabelecimentos comerciais. – A sessão foi incrível, essa união foi exatamente o que a gente queria e tem tudo a ver com o filme. Temos que ver a fronteira não como um lugar de divisão, mas de encontro. O filme fala dessa fronteira que experimentamos o tempo todo, entre certo e errado, sonho e realidade. A […]

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