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Exibidores preveem reabertura de cinemas entre junho e agosto

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Exibidores preveem reabertura de cinemas entre junho e agosto
por Ricardo Romanoff A reabertura dos cinemas no país, em sua maioria fechados por conta da pandemia do novo coronavírus, vai depender de uma série de fatores. Além das autorizações dos poderes executivos – com toda a incerteza de quando e como certas atividades serão retomadas -, outro aspecto decisivo é em que medida as pessoas voltarão a frequentar lugares como salas de exibição. Uma terceira questão ganha peso no meio audiovisual, especialmente para os espaços que exibem lançamentos: de que forma a distribuição de novos filmes vai ocorrer nos próximos meses. “Precisamos de novidades para atrair o interesse dos clientes. No entanto, a decisão dos lançamentos é global. As distribuidoras só irão liberar novos filmes quando os frequentadores se sentirem mais seguros. Reabrir os cinemas sem filme e sem espectador é pior do que continuarmos fechados”, explica Ricardo Difini Leite, presidente da Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (Feneec). Apesar das incertezas quanto aos impactos da Covid-19 nos próximos meses, a Feneec aposta numa retomada ainda na metade do ano. “Nosso horizonte de reabertura com segurança para os espectadores é entre a segunda quinzena de junho e a primeira de julho”, prevê o presidente da entidade. Embora a maioria dos cinemas esteja fechada, há casos como o da exibidora Cine Globo Cinemas, que reabriu dois de seus espaços no interior do Estado, segundo o Jornal do Comércio. Para Difini, no entanto, exemplos como esse “não representam sequer 1% dos casos”. Durante o período de isolamento social, os exibidores tentam reduzir custos. No caso da rede GNC Cinemas, a empresa está “prorrogando todos os pagamentos possíveis, renegociando prazos e valores, priorizando a manutenção dos funcionários”, explica Leite, que é também diretor da rede. Até agora, o maior socorro ao setor audiovisual, com medidas que incluem os exibidores, foi anunciado em 22 de abril pela Ancine (Agência Nacional do Cinema): uma linha de crédito emergencial junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e ao BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento), que totaliza R$ 400 milhões e poderá financiar folha de pagamento, serviços terceirizados e despesas correntes fixas. A agência também definiu um apoio não reembolsável, no total de R$ 11 milhões, a exibidores de pequeno porte de cidades do interior. O pacote apresentado pela Ancine ainda precisa ser aprovado pelo Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) – processo que não avança, segundo o jornal O Globo, devido a uma questão burocrática: o comitê está alocado no Ministério da Cidadania, enquanto a Secretaria Especial de Cultura, responsável pela Ancine, integra agora o Ministério do Turismo. Exibidores preveem retorno no segundo semestre, mas manifestam preocupações “Se as majors [distribuidoras] projetam filmes para o segundo semestre, acredito que esta seja a perspectiva”, afirma Carlos Schmidt, proprietário do Guion Cinemas, localizado no Centro Comercial Olaria, na Cidade Baixa, e fechado desde 18 de março. No entanto, Schmidt avalia que a atividade “será a última a reativar” e que, mesmo com títulos em cartaz, “nada garante que o público retornará às salas”. […]

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