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Um dia, um disco: “NÔMADE” (2016) – LENNA BAHULE, Moçambique

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Um dia, um disco: “NÔMADE” (2016) – LENNA BAHULE, Moçambique
A Lenna Bahule se divide entre São Paulo e Maputo desde 2012, quando veio morar no Brasil. Mas sua música, ao menos nesse disco de estreia, diz muitíssimo de onde ela veio e da imensa variedade de culturas de seu país. Há canções em português, machope, swahili, inglês, xi changana e uma grande mistura que ela chama de “língua nômade” e dá nome ao disco. Tudo levado por uma floresta de vozes de Lenna, uma gênia em arranjos vocais – e, como adverte o encarte, “não foi usado nenhum autotune, melodyne ou qualquer plug-in de afinação ou correção de vozes”. Não é acaso: ela começou a estudar música aos cinco anos de idade – tá com 31 – e tem experimentado intensamente em música por onde tem passado com seu trabalho. O disco foi gravado entre São Paulo e Maputo, é totalmente centrado nas suas mil vozes, mas tem participações de vários músicos misturando vozes e instrumentos de lá e cá: entre outros, Zé Leônidas, Cheny Wa Gune, Marcelo Pretto e o Fernando Barba dos Barbatuques, o baterista Sergio Reze e as botas de borracha do grupo Gumboot Dance Brasil, onde Lenna dançava. As canções são todas dela, com a exceção de dois hinos religiosos moçambicanos. Atualmente Lenna está em Moçambique, sem data pra voltar, mas antes de ir gravou um lindo disco a duo do projeto Taubkin & Bahule, com o baixista João Taubkin. Creia: Nômade é um disco que, acredite você ou não em deuses, pode te levar pra algumas sintonias bem particulares. Lenna veio morar no Brasil por acaso, era uma escala antes de ir estudar música em Berklee. Acabou ficando. Tomara que volte. O Brasil não tem outra artista como ela. Ouve aí. Wscute o disco Nômade aqui.

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