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Um dia, um disco: “PHENOMENON” (2009) – NARONG PRANGCHAROEN, Tailândia

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Um dia, um disco: “PHENOMENON” (2009) – NARONG PRANGCHAROEN, Tailândia
Tailândia. Música de concerto. Narong Prangcharoen – sim, eu escrevi errado na primeira vez e acabo de corrigir, claro – nasceu em 1973, numa cidadezinha do interior, mudou-se pra Bangkok na adolescência e tentou ser pianista de concerto até os 25 anos. Talento tinha, o que não tinha era saco pro stress/aborrecimento de ficar sentado em frente a um piano metade do tempo da sua vida. Daí achou outra coisa: começou a escrever sua própria música. Como era formado em piano, pegou uma bolsa de mestrado em composição numa universidade americana. E achou seu rumo. De 2000 a 2010 fez mestrado e doutorado em composição, dedicado a misturar o que só ele poderia fazer: a música (e alguns instrumentos) da Tailândia e a composição erudita contemporânea do século 21 – onde vale tudo, até voltar pra música tonal e politonal de cem anos atrás. Não sei vocês – escutem aí -, mas eu me apaixonei pelo cara na primeira vez que ouvi, uns cinco anos atrás. Claro que nos aproximaram dois amigos em comum: o Igor (Stravinsky) e o Béla (Bartók). Narong ainda não foi descoberto no cinema, mas sua música é MUITO cinematográfica – ia escrever “no melhor sentido”, mas pra um compositor de trilhas, como eu, isso é redundante. Ele não exatamente bombou no mundinho da música de concerto, mas nos últimos dez anos tem ganho prêmios bem importantes de composição e sua música vem sendo tocada por muitas orquestras e festivais na sua terra, na China, Japão, Estados Unidos e um pouquinho na Europa. Ainda tem muito pouco disco com sua obra gravada. Com seu nome, só dois: esse, de 2009, e Mantras, de 2012, puxado pela maravilhosa música-titulo, pra sax soprano e orquestra de sopros. No YouTube tem mais coisa, mas vale procurar. Já aproveita e te inscreve no canal do mano. Eu fui o 156… :/ Ainda sobre esse disco: não sei se eu gosto mais das coisas sinfônicas ou das SEN-SA-CIO-NAIS peças pra piano solo, que são coisa escrita por quem REALMENTE estudou MUITO piano na vida, pobrezinho… Mas Far from Home, pra cello solo, também é inacreditável – e vai além dos limites do instrumento. Ou seja: que disco!!! Escute o disco Phenomenon aqui.

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