CUP Filmes/Divulgação
Coprodução entre Brasil, Cuba e Angola, o documentário O Último País (2018) estreia nos cinemas nesta quinta-feira (2/6). O filme foi rodado em 2015, quando a diretora Gretel Marín decidiu voltar a Cuba para testemunhar as mudanças que estavam acontecendo na “sua ilha” e questionar o que elas significavam para amigos, vizinhos e a população em geral.
A ideia de O Último País surgiu em 2011, quando Marín e o produtor Belém Oliveira faziam mestrado em cinema na França. “Viver longe de Cuba não me parecia dramático até começar a entender que o país iria mudar e que eu não estaria lá para o testemunhar”, justifica a jovem realizadora. Definido pela produção como um “filme-catarse”, O Último País transcende o registro de retorno às origens para se configurar também como uma viagem interior da diretora – cheia de contradições e dúvidas sobre sua identidade cubana em um momento de muitas alterações no país caribenho.
Ao investigar a transformação de sua terra natal, Gretel Marín interroga-se sobre o patriotismo que lhe foi ensinado, sobre as expectativas de um país que deixou de ser o que era e sobre o pertencimento àquele lugar. “Eu sabia que Cuba precisava se abrir ao mundo, mas temia que com essa renovação o melhor de um sistema cheio de contradições e utopias também desapareceria”, explica a diretora.
Nascida em Havana, em 1989, Gretel Marín tem mestrados na área de documentário nas universidades Paris-Sorbonne e Paris VII. Ao longo do seu trajeto acadêmico e profissional entre Cuba, França e Angola, realizou os documentários Pero la Noche (2011), Le Myrte dans la Vallée (2013) e Kapela, o Renascimento (2015).
O Último País teve premère no festival World Cinema Amsterdam, na Holanda, no final de 2018. No início do ano seguinte, estreou no Festival de Málaga, na Espanha, e, em 2019, no Festival do Rio. O lançamento do filme no Brasil chega com atraso de dois anos por conta da pandemia.
O Último País: * * * *
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