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Em “Memórias Perdidas”, Companhia H afirma a potência da dança na maturidade

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Em “Memórias Perdidas”, Companhia H afirma a potência da dança na maturidade Foto: Nando Spinoza

Nesta quarta-feira (7/6), às 20h, na Casa de Cultura Mario Quintana, a Companhia H apresenta o espetáculo Memórias Perdidas. Com direção do coreógrafo Ivan Motta, os bailarinos Alexandre Rittmann, Andressa Pereira, Edison Garcia, Roberto Volkmann, Rossana Scorza, Rosane Novoa, Tisi Rangel e Thaís Petzhold sobem ao palco do Teatro Bruno Kiefer para afirmar a potência de artistas com longa trajetória na dança, porém há algum tempo afastados dos palcos.

“Estamos mostrando para a sociedade que o corpo de um bailarino veterano ainda tem condições de subir ao palco. Ele perde vigor e elasticidade, mas ganha em expressividade e traz isso para a cena”, explica o diretor do espetáculo. “É uma questão de saber os limites de até onde esse corpo maduro pode ir”, completa Ivan, um dos fundadores da Companhia H, cujos espetáculos já renderam aos integrantes do grupo oito troféus do Prêmio Açorianos e o Prêmio Funarte de Circulação e Difusão da Dança (2017).

Foto: Nando Spinoza

Memórias Perdidas retrata uma família improvável, que se encontra aleatoriamente para explorar sonhos, fantasmas, dramas e frustrações. Lembranças, histórias e emoções são resgatadas por meio da dança e pelo trabalho de reinvenção da memória. “Cada bailarino percorreu um caminho e diversas formações, por vezes, partilhando momentos nos palcos. Unimos essas experiências para estarmos juntos em cena”, destaca Ivan.

Foto: Nando Spinoza

A bailarina Thaís Petzhold vê no grupo “uma família amadurecida que se liga por laços positivos e potencialidades”. Neta da bailarina Tony Petzhold (1914-2000), uma das pioneiras da dança no estado, Thaís convive com integrantes do espetáculo desde pequena, quando acompanhava aulas ministradas na escola de dança da avó, e a partir da adolescência, dividindo o palco com outros bailarinos. “Quando um corpo se mexe, ele não mexe só ossos e músculos, ele mexe camadas de vida, emoções, filosofias”, ressalta.

Um dos artistas que Thaís admira desde a infância é Edison Garcia, bailarino, ator e coreógrafo com uma trajetória de 48 anos, 25 deles à frente do Phoenix Grupo de Dança, em Porto Alegre. Atualmente, Edison dirige uma companhia que leva seu nome, com foco em integrantes acima dos 50 anos. “É tão lindo poder se expressar através da dança e do teatro, mesmo após 48 anos de convívio com ela. Aos 65, como todos diriam, seu tempo de palco já passou. Será?”, questiona o bailarino.

“Continuo sendo incansável, persistente, obstinado, muito disciplinado, e aí o Ivan, me reacordou para a dança. Foi árduo? Sim, mas o prazer de estar no palco, com um elenco lindo de alma e entrega, está sendo apaixonante – como é Memórias Perdidas, que fala de tempo, dores, superações e memórias que não se perderam, apenas acordaram”, completa Edison, que atua pela terceira vez em um espetáculo da Companhia H.

“Memórias Perdidas”, da Companhia H
Quando: 
7 de junho (quarta-feira)
Horário: 20h
Onde: Teatro Bruno Kiefer – Casa de Cultura Mario Quintana (rua dos Andradas, 736 – Centro Histórico – Porto Alegre)
Ingressos: 50 reais (inteira); estudantes, idosos, doadores de sangue e classe artística pagam 25 reais
Ingressos antecipados pelo Sympla

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