Capítulo 6: Tempo de espera
– Calma, Mimi – disse meu tio com tranquilidade, enquanto aguardava o sinal da rua Luís de Camões mudar sua ênfase do vermelho para o verde. – Isso é fácil de resolver.
– Vou ficar. – Acomodei melhor o corpo no banco de trás, confortável ao saber que meu novo mundo podia ser mais acessível e descomplicado.
O carro recomeçou a andar. Demorei um pouco a me sincronizar com a nova rota, pois se no início da tarde lidei com meus caminhos desérticos, nesse novo cenário onde o por-do-sol incluía cores únicas ao bairro, a vida me recebia em sua manifestação criativa.
[Continua...]