Revista Parêntese

Parêntese #119: Foi golpe, foi ditadura

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Parêntese #119: Foi golpe, foi ditadura

Dar o nome certo para coisas e eventos não chega a mudar o curso do mundo, mas ajuda a dimensioná-las e a entender nosso papel no processo. Dois dias atrás houve quem comemorasse o Golpe de 64 como salvação do Brasil, assim como houve quem insistisse em evitar o termo “ditadura” para aquele tempo de mando militar. 

A Parêntese não abre mão da precisão: golpe deve se chamar golpe, ditadura é ditadura. Para não esquecer, indicamos uma leitura preciosa no preciso e cortante texto de Luiz Cláudio Cunha, grande e reconhecido jornalista, que põe os pingos nos ii e nos jj ao marcar a morte de um protagonista da repressão daqueles nefastos tempos, falecido há pouco, Pedro Seelig. É ler para entender. 

Núbia Silveira, outra jornalista veterana, repassa seis momentos dessa semana, sublinhando nossa perplexidade. Por exemplo? Basta olhar para a calculada renúncia do nosso governador: Leite falou bastante mas dando a entender que tudo o que importa se cinge a ele mesmo, a sua conveniência e oportunidade, restando lá ao fundo da paisagem o compromisso que assumiu ao se candidatar ao governo do estado. É assim mesmo que deve ser?

Em compensação, Tiago Holzmann da Silva nos apresenta com bom detalhe a história e as ideias de Francis Kéré, o arquiteto vencedor do “Nobel” da Arquitetura este ano. Na mesma linha de alegria pode ser contabilizada a entrevista de Fernanda Bastos, poeta e jornalista, para a Nathallia Protazio. O mundo tem esses encantos, que é preciso conhecer e prestigiar para continuar respirando bem.

Trazemos um conto de Vera Mogilka, a escritora que o Jandiro Koch nos apresentou nas três edições mais recentes. A primeira frase dá notícia da força posta em ação por ela: “Vou escrever hoje até arrebentar”.

No folhetim da Taiasmin Ohnmacht, mais detalhes de um tempo futuro em que tecnologia é natureza e natureza é tecnologia. Arnoldo Doberstein segue nos contando da história da cidade tal como registrada em pinturas, fotos, gravuras, agora abordando a ampliação da energia elétrica. 

A dura experiência de Carlos Scomazzon com a epilepsia chega a seu quarto capítulo. Nesta edição, ela faz par com o relato também duro e maduro da história do jornalista Ricardo Bueno e a poliomielite. Sofrimentos vividos que aqui se transformam em reflexão serena. 

Para abrir um sorriso, nova crônica de viagem de Ana Marson, que conheceu o Romeu e Julieta de Portugal em Alcobaça. 

Vale também entrar em campanhas de apoio de trabalhos de real valor. Além do livro Porto Alegre: uma biografia musical (Vol. 1) de Arthur de Faria, nosso colunista, acrescentamos a campanha do jornalista Alexandre Lucchese, autor dedicado ao tema da adoção que agora oferece a ideia de um livro para público infantil e adolescente sobre o tema.

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