Santa Tereza, bairro clássico de Belo Horizonte, conhecido reduto da boemia, onde nasceu o Clube da Esquina, é onde mora o cantor e compositor Fernando Mascarenhas, que se prepara para o lançamento do seu primeiro álbum, Dizperto.
Envolto pela atmosfera introspectiva provocada pelo período da pandemia, no trigésimo sétimo dia de confinamento compôs a faixa Dia 37, que já está disponível em todas as plataformas streaming.
Dia 37 lembra as canções de seu conterrâneo Lô Borges, e Fernando conta que a letra veio como um desabafo sobre a solidão, sobre a distância e a vontade de estar perto das pessoas que ama.
— Tentei deliberadamente descrever o que se passava comigo no momento, me valendo de metáforas e figuras de linguagem para que a música não ficasse presa no tempo e não fosse sobre a pandemia, mas sobre estar só, sobre a lida com a própria solidão, condição inerente ao ser humano — conta.
Já o refrão é uma homenagem a uma das grandes influências do artista, o membro fundador da banda Os Mutantes, Arnaldo Baptista (qualquer semelhança com Dia 36, não é mera coincidência). “O deslocamento temporal que a canção mutante causa em mim, de um calendário estendido, de espera e no final das contas, de um dia perdido no tempo, faz parte da essência de dia 37, sem dúvidas”.
Fernando Mascarenhas é mineiro, cantor, compositor e multi-instrumentista. Após ter participado de diversas bandas, inicia sua carreira solo em 2015 com o EP Ascensão & Queda. Os anos seguintes foram marcados por lançamentos de singles como Festa, bolo, velas e palmas (2017) e Espera (2020). Seu primeiro álbum, Dizperto, será lançado em 2021 e contará com 14 faixas de sua autoria.
Escute Dia 37 aqui.