Edição celebra os 30 anos da publicação de Estorvo, de Chico Buarque
Um romance que foi bem recebido pela academia e muitos fãs das canções elaboradas e dos versos precisos, sejam os líricos ou os cortantes. A editora Companhia das Letras lançava em 1991 o livro Estorvo, de Chico Buarque. A edição, agora em capa dura e que mantém a ideia da capa lançada há três décadas, traz uma fortuna crítica com nomes de peso que avaliaram e valorizaram esta obra de Chico.
Com uma escrita elaborada, enxuta e precisa, Estorvo apresenta um protagonista e narrador passando por situações e se envolvendo com personagens que não contribuem nem facilitam ao leitor o que se está a contar. Um sujeito que perambula de casa em casa, por um sítio e pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro, cidade que serve com um cenário de fundo em toda a trama. A própria narração em primeira pessoa não permite distinguir o que é fato e o que é puro delírio, alternando a linha do tempo e acrescentando mais dúvidas para o leitor a cada um dos onze capítulos.
Os textos da fortuna crítica reúnem seis autores que esquadrinharam este Estorvo, então recém saído do prelo. É “mais uma forma de novela do que de romance -, Estorvo é uma narrativa a galope solta, num ritmo de suspense”, aponta Benedito Nunes.
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