Juremir Machado da Silva

Petúnia, a cadelinha do andar

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Petúnia, a cadelinha do andar
Criança, eu tive um cachorro baio: o Lobo. Depois, nunca mais. Eu me mantive fiel à nossa amizade. Lobo era um vira-lata caramelo ou quase isso. Tinha um vistoso peito branco. Eu me sentava nos degraus da escadinha da cozinha da nossa casa e fingia chorar. Ele enlouquecia de aflição. Aí eu parava de chorar e ria. Ela explodia de alegria. Quando eu não lhe dava atenção, ele mordiscava o meu pé e saía correndo.

Pois não é que agora “temos” uma linda cadelinha do andar? “Temos” é apropriação indébita que só tem validade para uma crônica. Petúnia, uma elegante cadela da raça Golden Retriever, é dos nossos vizinhos Adriano e Eduardo. Eles deixam a porta do apartamento deles aberta e colocam uma cerquinha no corredor. Petúnia gosta de ficar deitada ali, refrescando-se ou vendo o movimento. Quando a gente sai, faz festa. Quando aparece um estranho, aflige-se e late. Petúnia recebe os carinhos de todo mundo do andar. É a estrela do sétimo. Até parece uma “guarda compartilhada”. Exagero, claro. Algo, porém, é inegável: Petúnia faz a alegria da gente. Quando escapa do seu cercadinho e encontra nossa porta aberta, surge desesperada por uma festinha, um abraço, um carinho na cabeça, um afago.

Obrigado, Petúnia.

Continua...

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