Faixas exclusivas para ônibus vão crescer 130%

Até abril de 2020, Porto Alegre vai mais do que duplicar os trechos de faixas exclusivas para ônibus para serem utilizadas nos horários de pico. Segundo o projeto da prefeitura, serão 22 quilômetros a mais, distribuídos em 16 pontos, que se somam aos 17 quilômetros atuais na Capital. O número de usuários beneficiados, segundo o Executivo, chega a 450 mil. A medida foi anunciada pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) na última sexta, a pouco mais de um ano das eleições para o Paço. Com um investimento de 800 mil reais, as mudanças vão mexer no miolo da malha viária de Porto Alegre: Independência, Túnel da Conceição, Loureiro da Silva, Siqueira Campos e Ipiranga terão as maiores ampliações. Chamado de Projeto de Priorização do Transporte Coletivo (que pode ser conferido na íntegra neste link), as ampliações são encaradas pela EPTC como mais do que uma obra: É uma “mudança de cultura“, segundo o diretor-presidente da EPTC, Fabio Berwanger Juliano. De acordo a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), as alterações devem resultar em uma diminuição 25 a 30% no tempo das viagens, e a haverá uma economia operacional de 15% a 20% nas linhas envolvidas. Além das faixas exclusivas, Porto Alegre já conta com outros 56 quilômetros de corredores de ônibus, como o que cruza boa parte da Protásio. Contexto – O sistema de transporte público de Porto Alegre vive uma crise generalizada nos últimos anos. Entre 2012 e 2018, o números de passageiros de ônibus reduziu 26%. Do outro lado da faixa, o número de automóveis nas ruas de Porto Alegre cresceu mais de 30% de 2007 para cá – e, com mais faixas exclusivas, há a hipótese de que o afunilamento das vias intensifique o trânsito. Resta saber se as medidas da EPTC conseguirão mitigar o tráfego intenso nas vias da Capital, que hoje é o sexto pior do País. Você também precisa saber Liberdade de informação x combate ao crime – Uma portaria publicada no início do mês de agosto pelo secretário de Segurança Pública do Estado, Ranolfo Vieira Jr. (PTB), aumentou o grau de sigilo para diversas informações da pasta. A partir de agora, o efetivo das forças de segurança em determinada cidade ou batalhão, por exemplo, será mantido em sigilo por um período de 15 anos. A secretaria também não publicará mais informações sobre número de armamentos, coletes balísticos ou outros equipamentos que possui. A pasta também vai levantar o sigilo de ocorrências policiais e boletins de ocorrência por um século. A medida foi duramente criticada por Rosane Oliveira, colunista de Zero Hora (????), que afirmou que a portaria “é um retrocesso em relação à transparência que permite à imprensa e aos cidadãos exercerem o papel de fiscais”. Para a jornalista, “não há explicação razoável para a imposição de sigilo de até cem anos para informações de interesse público ou simples curiosidades, como o esquema de proteção a autoridades em determinado período”. Saúde pública – Um novo levantamento publicado em GaúchaZH neste final […]